Babá morta no AM era explorada sexualmente, diz polícia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Amazonas prendeu uma mulher de 33 anos suspeita de assassinar a babá de seu filho. O corpo de Geovana Costa Martins, 20, foi encontrado no dia 20 de agosto, em uma área de mata no bairro Tarumã, na zona oeste de Manaus. Ela estava desaparecida desde o dia anterior.

Camila Barroso da Silva foi presa na noite de quarta-feira (28) pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros. As investigações continuam e há outra pessoa suspeita de também ter participado do crime. O homem que estaria envolvido no assassinato é procurado pela polícia.

“A jovem foi morta de forma bárbara e cruel, com sinais de espancamento e tortura, o que chocou a nossa sociedade e nos motivou ainda mais a dar uma resposta à população e aos familiares, além de responsabilizar todas as pessoas envolvidas”, disse o delegado Ricardo Cunha.

Segundo a polícia, Geovana foi contratada para trabalhar como babá, no bairro Petrópolis, zona sul de Manaus. No local, teria sido forçada a fazer programas sexuais, impedida de sair e de se relacionar com pessoas de fora.

As investigações mostram que a residência funcionava como espaço de prostituição.

Em depoimento, a mulher suspeita negou participação no crime e alegou que um ex-namorado da vítima é o responsável. Ao ser ouvido pela polícia, no entanto, o homem mostrou mensagens em que Geovana dizia estar impedida de se relacionar com ele ou qualquer outra pessoa fora da casa.

Quando a jovem ameaçava sair da casa, a suspeita dizia que ela tinha uma dívida e precisava trabalhar mais para pagar.

“Tomamos conhecimento de que Camila também estava com passagem marcada para a Europa. Inclusive a família dela, incluindo mãe e tios, mora na França”, afirmou a delegada Marília Campello.

A polícia acredita que a vítima seria levada para fora do país, pois tirou o passaporte em junho deste ano. Uma das linhas de investigação é a utilização de Geovana como “mula”, pessoa usada para transportar drogas em objetos ou no próprio corpo, além de ser forçada a se prostituir fora do Brasil.

“É uma história lamentável. A jovem foi torturada e espancada. Ainda não podemos afirmar a motivação exata, pois a suspeita nega ter cometido o crime, mas temos indícios suficientes e por isso ela está presa”, disse a delegada.

Redação / Folhapress

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