SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O estado de São Paulo teve queda de crimes patrimoniais, como roubos e furtos, de janeiro a julho de 2024. O mesmo roteiro foi observado na capital em semelhante período.
Em relação aos roubos, ou seja, casos em que há violência ou uso de arma, o recuo foi de 13% em sete meses. Foram 117.191 ocorrências registradas neste ano ante 134.835 em 2023.
As ocorrências de furto, tipo de crime sem violência ou ameaça, passaram de 333.287 para 321.084, queda de 3%.
O estado também viu cair o número de vítimas de homicídios dolosos, quando há intenção de matar. Em sete meses foram 1.490 assassinatos contra 1.559 em semelhante período do ano anterior, diminuição de 4%.
Por outro lado, as queixas de latrocínio -o roubo seguido de morte- no estado cresceram. A Polícia Civil registrou 111 vítimas de ocorrências do tipo contra 96 em 2023, um acréscimo de 15%.
Os registros de estupro no estado ficaram praticamente estáveis janeiro a julho, passando de 8.249 para 8.270.
Na cidade de São Paulo, os crimes patrimoniais seguiram a mesma tendência observada no estado, inclusive na taxa de recuo. Em relação aos roubos a queda foi de 12% -passaram de 78.949 boletins de ocorrência para 69.408.
Os furtos também recuaram, mas em uma proporção menor, cerca de 3% (144.023 para 139.129).
Na capital paulista foram registrados 270 homicídios com intenção de matar, 21 vítimas a menos do que no ano anterior.
Diferentemente do estado, a capital viu cair ligeiramente a quantidade de registros de estupros. No comparativo entre os períodos o recuo de queixas foi de 2% (1.716 registros contra 1.671 neste ano).
Assim como o observado no geral, o número de vítimas de latrocínio subiu na cidade. Foram 32 mortes entre janeiro a julho deste ano ante 25 em igual período de 2023.
Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) disse estar comprometida no combate à criminalidade no estado e que realiza uma análise constante das variações dos índices de crimes contra a vida, incluindo os latrocínios, com o policiamento preventivo e ostensivo intensificado e ajustado com base nos indicadores criminais.
“Além disso, ações da inteligência da Polícia Civil permitem traçar ações estratégicas para coibir a ação de quadrilhas especializadas nesse tipo de crime. Em uma dessas operações, no último dia 15, seis integrantes de uma quadrilha especializada em roubos de motos de alta cilindrada foram presos. Eles são investigados por roubo, receptação e associação criminosa”, diz a pasta da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Sobre os registros de estupros, a secretaria afirma que desenvolve campanhas para as vítimas denunciarem os agressores e atuado para ampliar os canais para comunicação deste tipo de crime, combatendo a subnotificação.
“Atualmente, há 142 salas de Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para atendimento ininterrupto, por videoconferência, em plantões policiais, além das 141 DDMs territoriais já existentes e a DDM On-line, que também está acessível 24 horas por dia para o registro de ocorrências e solicitação de medidas protetivas a partir de qualquer dispositivo conectado à internet”.
Redação / Folhapress