RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, S´P (FOLHAPRESS) – O forte crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no segundo trimestre de 2024 teve a participação de três componentes. O consumo das famílias e do governo avançou 1,3% em relação ao trimestre anterior. Os investimentos medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo avançaram 2,1%.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) os resultados refletem as condições do mercado de trabalho, os juros mais baixos e o avanço do crédito, entre outros fatores.
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, afirma que contribuíram ainda para a performance dos componentes da demanda, a alta dos investimentos, que foram beneficiados pelo crescimento da importação e a produção nacional de bens de capital, pelo desempenho da construção e, também, pelo desenvolvimento de softwares.
Ela destaca que, ao contrário do ano passado, o setor externo tem contribuído negativamente para o crescimento da economia, com as importações avançando mais que as exportações.
A taxa de investimento no segundo trimestre de 2024 foi de 16,8% do PIB, acima dos 16,4% registrados no segundo trimestre de 2023.
Já a taxa de poupança recuou para 16%, abaixo dos 16,8% do mesmo trimestre de 2023.
Rebeca explica que “a taxa de investimento foi beneficiada principalmente pelo crescimento superior, em volume, da Formação Bruta de Capital Fixo em relação ao PIB.
O consumo é considerado o motor do PIB pela ótica da demanda ou seja, dos gastos com bens e serviços. Responde por cerca de 60% do indicador.
Analistas dizem que o consumo teve impulso do aumento da renda no segundo trimestre. O mercado de trabalho aquecido e as transferências governamentais estariam por trás do movimento.
A taxa de juros, por outro lado, ainda permaneceu no patamar de dois dígitos, o que desafia um desempenho mais robusto
LEONARDO VIECELI E EDUARDO CUCOLO / Folhapress