Marcelo Carrião, ex-apresentador e jornalista, preso em fevereiro durante a Operação Domo de Ferro I, por ser acusado de tráfico de drogas, ganhou a liberdade provisória nesta terça-feira (3), após decisão da Justiça de Santos. Além do réu, outros três homens também foram soltos, envolvidos na mesma investigação.
A decisão da liberdade provisória foi da juíza Carla Milhomens Lopes de Figueiredo Gonçalves De Bonis, da 3ª Vara Criminal de Santos (SP), que explicou que revoga as prisões “considerando o tempo de prisão provisória já decorrido e antevendo que a instrução processual ainda perdurará por vários meses, com o fito de evitar constrangimento ilegal”.
Apesar da liberdade provisória concedida, todos deverão cumprir uma série de medidas cautelares para não perderem o benefício, sendo elas não deixar a comarca e comparecer em juízo a cada dois meses para monitoramento e para garantir que cumpram as condições estabelecidas pela justiça.
Ao menos dois habeas corpus já haviam sido solicitados anteriormente pela defesa do acusado, e negados. Entre as justificativas do advogado de Marcelo, estavam que o cliente é réu primário, morava há mais de 20 anos na mesma residência, e exercia a profissão de jornalista há 30 anos.
Nas investigações, foi alegado que as drogas encontradas na residência do acusado eram para consumo próprio. Marcelo Carrião, em março, enquanto estava no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente, precisou de atendimento médico devido a uma grave infecção em sua perna direita.
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A operação
Em 28 de fevereiro deste ano, Policiais Civis da 2º Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes da DEIC (2º DEIC) cumpriram nove mandados de busca e apreensão contra suspeitos de fornecerem drogas em Santos.
As investigações iniciaram após a prisão de duas mulheres que praticavam o tráfico de entorpecentes de forma delivery no Bairro do Gonzaga, em Santos. Os agentes identificaram três homens como suspeitos de participarem dessa associação criminosa.
Segundo o delegado do 2º DEIC, Fabiano Barbeiro, essas mulheres tinham uma relação de negócios com os envolvidos bastante organizada, e contavam com fornecedores que traziam os entorpecentes de fora da Baixada Santista, além de um esquema de produção interna.
Depois de identificar todos os envolvidos, o Departamento de Inteligência da Polícia Civil (Dipol), que presta apoio à 3ª fase da Operação Verão na Baixada Santista, forneceu a tecnologia para identificar os endereços dos indivíduos.
Dos nove mandados de busca e apreensão, seis suspeitos foram detidos – entre eles, Marcelo Carrião (jornalista e ex-apresentador de telejornal). Além deles, a corporação prendeu mais três pessoas, identificadas a partir de conversas em celulares apreendidos.
As prisões ocorreram nos bairros Vila Mathias, Aparecida, Vila Belmiro, Gonzaga, Marapé e Estuário. Também houve buscas no Embaré, Cidade Náutica e Ponta da Praia. Durante a mesma operação, a Polícia Civil localizou três estufas de plantação de maconha em uma casa na Rua Joaquim Nabuco, no bairro Vila Matias.
, após decisão da Justiça de Santos. Além do réu, outros dois homens também foram soltos. Outras seis pessoas continuam cumprindo a pena em regime fechado.){kind=link}