O sentenciado Jovair Dias Moura, conhecido como “Tiquinho”, fugiu do Centro de Ressocialização (CR) de Birigui (SP) na última segunda-feira (2) durante um trabalho externo realizado por meio de contrato entre a Prefeitura e a Fundação de Amparo ao Preso (Funap). A fuga foi detectada após o rompimento da tornozeleira eletrônica que monitorava o detento.
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou em nota que o sistema de monitoramento identificou o rompimento do dispositivo e, imediatamente, agentes penitenciários foram enviados ao local. Eles encontraram a tornozeleira rompida e escondida dentro de uma caixa de papelão, confirmando a fuga do reeducando, que cumpria pena em regime semiaberto.
As buscas pelo foragido foram iniciadas pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal de Birigui, mas até a tarde de terça-feira (3) ele não havia sido recapturado. A SAP comunicou que o Centro de Ressocialização de Birigui abriu um Procedimento Apuratório Disciplinar e notificou o Poder Judiciário. Quando for recapturado, Tiquinho será transferido para o regime fechado.
Em nota, a Prefeitura de Birigui explicou que todos os reeducandos que prestam serviços ao município são supervisionados por um servidor público. Segundo a Prefeitura, Tiquinho solicitou para ir ao banheiro durante o trabalho e aproveitou a oportunidade para fugir. A Guarda Civil Municipal e o Centro de Ressocialização foram imediatamente acionados, mas as buscas ainda não tiveram sucesso.
A reportagem apurou que Tiquinho foi condenado por homicídio qualificado em setembro de 2017, após matar Alaf Guimarães Pereira em Mirassol em 2014. O crime ocorreu após uma discussão envolvendo uma dívida. Tiquinho atirou na cabeça da vítima e, em seguida, ameaçou outras pessoas presentes na cena. Ele foi condenado a uma longa pena, mas obteve progressão para o regime semiaberto em 2021, com previsão de término da pena em 2032.
A fuga do condenado, agora considerado foragido, coloca em alerta as autoridades locais, que continuam em busca de sua recaptura. A situação levanta questionamentos sobre a segurança e eficácia dos programas de ressocialização que permitem trabalho externo para detentos.