PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – Em uma das grandes histórias de superação nos Jogos Paralímpicos de Paris, Verônica Hipólito conquistou o bronze nos 100 m, categoria T36, em um Stade de France com público modesto para as finais desta quarta (4).
A paulista marcou 14s24, atrás da campeã Shi Yiting, com 13s39 (recorde paralímpico) e da neozelandesa Danielle Aitchison (14s24).
As categorias T31 a T38 são destinadas aos atletas com paralisia cerebral. O “T” é de “track” (pista). Os números 31 a 34 são para cadeirantes; e 35 a 38 para andantes.
Samira Brito, a outra brasileira na final, queimou a primeira largada e foi desclassificada.
Após ter o bronze confirmado, Magrela (apelido de Verônica) saiu rápido da pista, mas não antes de cruzar com a colega Samira e dar um longo abraço.
Depois de ganhar na Rio-2016 uma medalha de prata, nos mesmos 100 m, e uma de bronze, nos 400 m, Verônica não competiu nos Jogos de Tóquio-2020.
A paratleta passou por várias cirurgias para retirada de mais de 200 pólipos no intestino grosso. E, em 2018, um tumor cerebral. Nos Jogos de Tóquio, ela atuou como comentarista no canal Sportv.
Em Paris, ela ficou muito emocionada, chorou após o fim da prova dos 200 m, na qual acabou apenas em sétimo lugar, e disse que buscaria o pódio nos 100 m. O bronze de hoje é sua terceira medalha paralímpica.
Verônica sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) no início de 2013, que prejudicou seus movimentos do lado direito. Foi quando ela migrou do atletismo convencional para o paradesporto.
SANDRO MACEDO / Folhapress