Criminosos queimam veículos para fazer barricadas no Complexo do Salgueiro, no Rio

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A violência deixou moradores do Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, ilhados dentro de suas casas nesta quarta-feira (4). Além de intenso tiroteio, carros incendiados foram usados como barricadas para impedir o acesso à localidade.

De acordo com os relatos de quem vive na região, criminosos atearam fogo em veículos dos próprios moradores para usar como ponto de bloqueio.

“Bandidos estão queimando veículos de moradores para tentar impedir que o blindado da polícia entre na região”, escreveu um morador numa rede social.

A ação seria uma tentativa de criminosos para evitar a entrada de equipes policiais, que realizaram uma operação para liberar as vias das comunidades nesta terça (3). Equipes do 7º BPM (São Gonçalo) retiraram 16 toneladas de entulho, segundo a Polícia Militar.

No entanto, a PM afirmou que não fez operação nas comunidades do complexo, nesta quarta, mas que reforçou o policiamento no entorno. Não há informação de prisão, apreensão ou ferido.

A Polícia Civil disse que instaurou inquérito para investigar a ação de criminosos na região. Policiais da 72ª DP fazem diligências em busca de testemunhas, informações e imagens para identificar os envolvidos.

Em meio à violência, moradores relatam que estão há dias sendo afetados, sem atendimento em unidades de saúde e com escolas fechadas.

Uma moradora que não quis se identificar disse que está impedida de sair de casa há semanas, por causa do clima tenso na região. Segundo ela, os alunos ficam com medo e os colégios também não podem abrir devido a insegurança. Além disso, pacientes precisam remarcar consultas porque não conseguem sair de casa.

De acordo com a Prefeitura São Gonçalo e com o governo do estado, 11 escolas da rede pública, sendo oito municipais e três estaduais ficaram fechadas por conta da insegurança. Somente na rede estadual, ao menos 650 estudantes foram afetados.

A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil informou que seis unidades municipais entre clínicas da família e centros municipais de saúde tiveram seu atendimento interrompido nesta quarta-feira.

ALÉXIA SOUSA / Folhapress

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