O Tribunal do Júri de Araçatuba (SP) condenou nesta quinta-feira (5) Carlos Augusto Rodrigues do Prado a 13 anos e 4 meses de prisão pelo assassinato de Nathan Felipe Bernardes Machado, de 19 anos. O crime ocorreu em 4 de fevereiro de 2021, no bairro Aviação.
De acordo com a denúncia, Prado teria sido contratado pela comerciante Taíse Rodrigues Carvalho para vingar a morte do pai dela, o funileiro Olair de Souza Carvalho, de 56 anos. Taíse, que está foragida, teria pago R$ 15 mil pela execução. Prado ficou com R$ 10 mil e repassou R$ 5 mil a João Paulo Nascimento Jacinto, que também participou do assassinato. Como o processo foi desmembrado, apenas Prado foi julgado nesta data, e ainda não há previsão para o julgamento dos outros réus.
Dinâmica do Crime
No dia do crime, Prado estava de carro e, ao encontrar Nathan de bicicleta, tentou interceptá-lo, mas sem sucesso. Mais tarde, durante a noite, ele voltou a se encontrar com a vítima, desta vez armado com uma pistola calibre 380 e acompanhado de Jacinto. Prado perseguiu Nathan, disparando contra ele. O jovem tentou fugir, mas foi seguido por Jacinto, que o baleou novamente quando ele caiu ferido. Nathan morreu no hospital.
Cinco meses após o crime, Prado foi preso com R$ 18 mil e uma arma. Um exame balístico confirmou que a pistola calibre 380 encontrada com ele havia sido usada no crime. Prado confessou o assassinato, revelando que havia sido contratado por Taíse.
Condenação
Prado foi condenado por homicídio qualificado, cometido mediante pagamento e com recurso que dificultou a defesa da vítima. O promotor de Justiça Adelmo Pinho pediu a condenação com base na denúncia, e os jurados acataram o pedido na íntegra. O juiz Carlos Gustavo de Souza Miranda considerou o crime repugnante por ter sido motivado por dinheiro, mas ao calcular a pena, levou em conta a primariedade do réu e a confissão.
O réu cumprirá a pena em regime fechado, sem direito a recorrer. O Ministério Público não pretende recorrer da sentença.
Medidas de Proteção
Durante o julgamento, Prado relatou estar recebendo ameaças de morte. O juiz determinou que o presídio onde ele está encarcerado seja comunicado para garantir sua integridade física. A OAB também foi notificada sobre alegações de que advogados dos corréus estariam intimidando Prado.