SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – O empresário Everton Vargas, acusado de matar a youtuber Isabelly Cristine Domingos dos Santos em fevereiro de 2017, foi sentenciado a 14 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo torpe e porte ilegal de armas.
O julgamento foi concluído na madrugada deste sábado (7) no Tribunal do Júri de Pontal do Paraná (a 100 km de Curitiba) e teve duração de cinco dias. Além da pena de prisão, a Justiça definiu que Everton deve pagar uma indenização de R$ 60 mil, que serão divididos entre o pai e para a mãe da vítima, que tinha 14 anos.
O advogado Cláudio Dalledone Jr, responsável pela defesa de Everton Vargas, foi procurado pela reportagem neste sábado, mas não atendeu às ligações nem respondeu às mensagens. Na época do crime, Everton declarou em entrevista que atirou “por nervosismo” e que o disparo foi feito para cima, sem querer acertar alguém, ao presenciar uma manobra brusca no trânsito.
A adolescente foi baleada na cabeça na rodovia PR-412, na madrugada do dia 14 de fevereiro de 2017. Ela chegou a ser levada para um do Hospital Regional de Paranaguá, mas teve a morte cerebral constatada pela equipe médica.
Ela estava dentro de um carro com a família quando foi atingida pelo tiro por volta das 2h. A família relatou à Polícia Militar que se envolveu em uma discussão no trânsito com ocupantes de um Citröen Picasso, que atiraram contra o veículo e acabaram atingindo a adolescente.
No dia seguinte ao crime, Everton Vargas e seu irmão Cleverson Vargas, foram presos pela polícia por suspeita de participação no assassinato da adolescente. As investigações apontaram que Everton foi o autor dos seis tiros disparados contra o carro da família de Isabelly.
Cleverson Vargas foi denunciado por homicídio qualificado e embriaguez ao volante, mas a Justiça decidiu em 2019 que ele não deveria responder pelo assassinato, já que não havia provas de sua atuação no crime.
Everton Vargas ficou preso preventivamente por quatro anos, três deles em regime fechado, mas deixou a prisão no período da pandemia, quando passou a usar tornozeleira eletrônica.
A advogada Thaise Mattar Assad, assistente da acusação e representante da família de Isabelly, disse considerar a sentença adequada.
“Tudo que nós pedimos ao Tribunal do Júri foi acatado. Consideramos que foi uma efetivação importante para o alcance da justiça, para que ele possa ser responsabilizado pelo ato injustificável, inexplicável que ele fez em tirar a vida dessa jovem de 14 anos”, afirma.
Isabelly atuava como youtuber no canal “Isa Top Show”, que contava com 29 mil seguidores na época do assassinato.
Redação / Folhapress