SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ao menos 59 pessoas morreram no domingo (8) na explosão de um caminhão-tanque após colisão com uma carreta que transportava passageiros e gado no norte da Nigéria, informaram os serviços de emergência.
Um porta-voz da agência local de gestão de emergências disse à AFP que o número de mortos poderia aumentar. Ele também afirmou que as vítimas foram enterradas imediatamente após a tragédia, como exige a tradição na região, de maioria muçulmana.
As vítimas morreram carbonizadas. Cerca de 50 vacas também foram queimadas. O acidente, que aconteceu pouco depois da meia-noite de domingo (20h de sábado em Brasília) em uma rodovia da região de Agaie, também envolveu outros dois veículos.
O caminhão transportando passageiros estava a caminho de Lagos, maior cidade do país. O motorista do caminhão-tanque dirigia em alta velocidade quando perdeu o controle do veículo, que tombou e pegou fogo, de acordo com relatório policial.
A carreta com os passageiros e dois carros atrás dela ficaram em chamas após colidirem com o caminhão-tanque tombado, segundo a polícia.
Acidentes são comuns nas estradas geralmente mal conservadas do país mais populoso da África, em grande parte devido ao excesso de velocidade e ao desrespeito às leis de trânsito.
Na Nigéria e em toda a África Ocidental, os passageiros frequentemente viajam na parte de trás de caminhões grandes ou até mesmo em seus tetos.
Em abril, mais de cem veículos foram queimados após a explosão de um caminhão-tanque em uma estrada no sul da Nigéria.
Segundo as autoridades nigerianas, mais de 5.000 pessoas morreram nas rodovias em 2023. A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma, no entanto, que muitos acidentes não são registrados e calcula que quase 40 mil pessoas morrem a cada ano, em média, nas estradas do país, segundo um relatório de 2023.
As vítimas na África subsaariana representaram quase um quinto das mortes globais em estradas em 2021, embora a região detenha apenas 15% da população mundial e apenas 3% de seus veículos, de acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde publicado este ano.
Redação / Folhapress