Veja embate Nunes x Marçal em 2º turno por renda, gênero, religião e cor da pele

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em simulação de segundo turno na mais recente pesquisa Datafolha à Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) aparece à frente de Pablo Marçal (PRTB) em boa parte dos segmentos pesquisados pelo instituto.

Nunes aparece liderando em todos os segmentos de gênero, étnico-raciais e de renda. Apenas entre os evangélicos é que Marçal empata tecnicamente com o atual prefeito, mesmo ficando para trás numericamente.

Os grupos em que o atual ocupante do Edifício Matarazzo tem maior folga são as mulheres, os católicos, eleitores pretos e os mais pobres.

Nos dados globais, se o segundo turno da eleição paulistana fosse hoje, 59% escolheriam o atual prefeito e 27% optariam pelo autodenominado ex-coach.

A pesquisa foi realizada entre a terça-feira (10) e esta quinta-feira (12) com 1.204 eleitores de São Paulo, contratada pela Folha de S.Paulo e registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-07978/2024 . A margem de erro nos dados globais é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

Cada segmento possui uma margem de erro específica, o que é importante para definir se um dos candidatos está na frente ou está empatado tecnicamente.

Veja o resultado da pesquisa Datafolha de intenção de voto em segundo turno à Prefeitura de São Paulo por cada segmento:

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POR GÊNERO

Nunes registrou nesta rodada 20 pontos de diferença para Marçal entre homens. Na atual pesquisa, o prefeito tem 53%, e o empresário registra 33%, com margem de erro de quatro pontos, para mais ou para menos.

Entre as mulheres, essa distância mais do que dobra. Nunes fica à frente por 43 pontos, com margem de erro de quatro pontos. Ele tem 64% e Marçal tem 21%. Na pesquisa anterior, a diferença era de 32 pontos, com o prefeito marcando 57% e o influenciador, 25%.

POR RELIGIÃO

Nunes mantém-se à frente entre os católicos e empata tecnicamente entre os evangélicos. A diferença no primeiro é de 38 pontos, já que o prefeito marcou 61% e Marçal registrou 23%. O chefe do Executivo paulistano oscilou dois pontos para cima e Marçal agora tem 3 pontos a menos.

Entre os evangélicos, Nunes registra 48% ante 40% de Marçal. O primeiro oscilou positivamente um ponto, e o segundo, dois pontos. As margens de erro por religião são de cinco pontos percentuais entre católicos e seis entre evangélicos.

POR CRITÉRIO ÉTNICO-RACIAL

No quesito racial, o prefeito fica 30 pontos à frente do autodenominado ex-coach entre as pessoas brancas, tendo 58% contra 28% de Marçal. Na pesquisa de 3 e 4 de setembro, a distância era de 19 pontos, e a margem de erro para o grupo é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

Entre os que se autodeclaram pardos, Nunes tem 32 pontos à frente —ele segue liderando por 59% a 27% com uma margem de cinco pontos. Na pesquisa da semana passada, eram 22 pontos de distância entre o prefeito e o autodenominado ex-coach.

Entre os eleitores autodeclarados pretos, o emedebista tem 58% e o empresário tem 26%, uma vantagem de 32 pontos percentuais. O quadro também é praticamente o mesmo do levantamento anterior. A margem de erro entre pessoas pretas é de sete pontos.

POR RENDA

Seguindo a tendência dos outros segmentos pesquisados pelo Datafolha, Nunes tem larga vantagem entre as diferentes faixas de renda nas quais o instituto de pesquisas divide os entrevistados.

Entre os mais pobres, são 61% que escolhem Nunes em eventual segundo turno contra Marçal, que marca 24%. São 37 pontos de vantagem. Em relação à pesquisa anterior, o prefeito oscilou oito pontos para cima, e o influenciador, quatro pontos para baixo. A margem é de cinco pontos.

Essa grande diferença também pode ser vista na faixa média de renda, na qual Nunes registra 56% das intenções de voto contra 29% de Marçal. A margem de erro aqui é de quatro pontos percentuais. Neste grupo também houve oscilação positiva do emedebista e negativa do candidato do PRTB.

Na faixa de renda mais elevada, segundo o Datafolha, Nunes lidera por 60% a 28%, diferença de 32 pontos percentuais, com margem de erro de sete pontos, para mais ou para menos.

MATHEUS TUPINA / Folhapress

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