SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) recebeu alta do hospital Sírio-Libanês após ser agredido no debate da TV Cultura neste domingo (15).
O apresentador foi alvo de uma cadeirada dada pelo adversário José Luiz Datena (PSDB).
A equipe de Marçal afirmou que ele irá ao IML (Instituto Médico Legal) em seguida. O instituto realiza exames de corpo de delito.
Durante sua estadia no Sírio-Libanês, o candidato do PRTB apareceu em vídeo postado em suas redes sociais usando uma pulseira verde.
A cor do acessório indica que seu caso foi considerado de baixo risco.
O verde é usado para identificar paciente com baixo risco de morte e pouca urgência de atendimento, segundo o protocolo de Manchester.
O critério é universal e usado para indicar a classificação de risco em atendimentos de urgência.
Marçal passou a noite no hospital com, segundo assessores, dores na região torácica, dificuldade para respirar e lesão nos dedos atingidos pela cadeirada.
Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira (16), Datena descartou a possibilidade de desistir da corrida pela prefeitura de São Paulo (SP).
Ele afirmou que, até o domingo, não defendia o uso da violência como forma de resolver conflitos, mas que, diante da postura de Marçal, não sente remorso pela agressão.
“Errei, mas de forma alguma me arrependo”, declarou. “Preferia, sinceramente, que o episódio não tivesse ocorrido. Mas, fossem as mesmas as circunstâncias, não deixaria de repetir o gesto, resposta extrema a um histórico de agressões perpetradas a mim e a muitos outros por meu adversário.”
A agressão ocorreu quando Marçal questionou Datena sobre uma denúncia de assédio sexual feita por uma ex-funcionária da Band.
O caso citado por Marçal ocorreu em 2019, quando Bruna Drews, então repórter do programa Brasil Urgente, apresentado por Datena na Band, disse ter sido assediada pelo tucano. A jornalista afirmou, na época, que o apresentador frequentemente fazia comentários sobre seu corpo, em tom sexual.
Após a repercussão do caso, ela se retratou e protocolou uma declaração em cartório em que afirma ter mentido. Dias depois, afirmou nas redes ter sido induzida a se retratar.
MARIANA ZYLBERKAN / Folhapress