SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Na contramão de grandes empresas, o Nubank irá manter sua atual política de home office. Atualmente, o trabalho presencial no banco é obrigatório apenas uma semana por trimestre.
“Vimos por unidade de negócio para fazer dinâmicas mais pessoais para os times poderem ter sentido de pertencimento. Por exemplo, o pessoal de empréstimos vem uma semana a cada trimestre. O pessoal de contas, uma semana a cada trimestre. O pessoal de marketing, a mesma coisa. Mas, quem quiser vir ao escritório pode, ele está de portas abertas”, afirma Livia Chanes, CEO do Nubank no Brasil.
Segundo a executiva, o banco observa a tendência de volta ao presencial. Nesta segunda (16), a Amazon informou aos seus funcionários que eles devem retornar ao escritório cinco dias por semana a partir do início do próximo ano e, recentemente, o jornal The Wall Street Journal reportou que o Goldman Sachs está usando o home office como um dos critérios para definir os mais de 1.300 funcionários que serão demitidos em todo o mundo, de modo a incentivar a volta ao presencial.
“Hoje, esse modelo híbrido no qual estamos trabalhando traz um equilíbrio legal em que damos autonomia para as pessoas. Profissionais que trabalham com tecnologia, que trabalham com inovação, é um trabalho criativo. Quanto mais autonomia, mais equilíbrio, retemos as melhores pessoas e elas tendem a performar melhor”, diz Chanes.
A volta para o escritório não está completamente descartada. “Se, em algum momento, surgir um problema novo, que constatamos ser necessário trazer a pessoa, iremos discutir. Mas, hoje, não enxergamos nenhum motivo pelo qual isso poderia fazer sentido.”
De acordo com a CEO da operação brasileira do Nubank, o banco tem trabalhadores espalhados pelo Brasil e pelo mundo inteiro.
Ao trocar o Itaú pelo Nubank, em 2020, Chanes começou a trabalhar 100% remoto.
“Fui conhecer a minha equipe [pessoalmente] um ano depois que eu entrei. Hoje, eu adoro ficar em casa também. Trabalho duas a três vezes por semana de casa, fico com meus filhos. Para mim, isso tem um valor enorme”, diz.
JÚLIA MOURA / Folhapress