Pacientes que aguardam por um transplante agora conseguem acompanhar sua posição na fila de espera por meio do aplicativo do Poupatempo. A facilidade desenvolvida pelo programa de Saúde Digital da Secretaria de Estado da Saúde (SES) proporciona mais agilidade e transparência para os moradores do estado de São Paulo. O app oferecido pelo Governo estadual está disponível para celulares com sistema operacional Android e IOS.
Além dessa inovação, a gestão da fila de transplantes no estado é coordenada pelo Sistema Estadual de Transplantes, responsável pelo cadastro técnico dos potenciais receptores. Para se inscrever, os pacientes devem ser avaliados por uma equipe transplantadora que os acompanhará tanto no pré-transplante quanto no pós-operatório.
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A central de transplantes é responsável pela distribuição de órgãos de doadores, seguindo critérios técnicos definidos por lei. Entre entres se destacam a compatibilidade sanguínea, o tempo de espera na lista, as relações antropométricas entre doador e receptor, e a condição clínica do paciente.
Em casos de gravidade extrema, como pacientes com doenças cardíacas avançadas, existe um sistema de priorização. Por exemplo, uma pessoa que necessite de medicamentos intravenosos continuamente e precise de internação pode ter sua situação classificada como mais crítica em comparação a outros pacientes que aguardam em casa.
Toda a documentação que comprova a gravidade do estado do receptor é submetida à câmara técnica da central de transplantes, composta por médicos das principais equipes transplantadoras. Essa equipe avalia a situação e decide sobre a priorização. Após o transplante, os prontuários dos pacientes que receberam órgãos com prioridade são auditados para garantir a transparência do processo.
É fundamental lembrar que cada estado possui sua própria lista de espera. Um paciente não pode estar inscrito em mais de uma lista ao mesmo tempo. Medidas rigorosas são adotadas para evitar fraudes no processo. Além disso, critérios de desempate variam conforme o tipo de órgão ou tecido em questão. Crianças e adolescentes até 18 anos têm prioridade quando concorrem com adultos, especialmente se o doador está na mesma faixa etária.
Essas diretrizes visam assegurar um sistema justo e eficiente para a distribuição de órgãos, atendendo às necessidades de todos os pacientes que aguardam ansiosamente por uma segunda chance de vida.
*Texto de Letícia Silva Supervisionado por Gabriela Leite