Falta de chuva faz RJ adiar manutenção anual de sistema de água

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Devido à estiagem no estado, a Cedae (Companhia de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro) adiou para o dia 7 de novembro a manutenção anual preventiva do sistema Guandu-Lameirão, que leva água para 9 milhões de moradores da cidade do Rio de Janeiro e de municípios da Baixada Fluminense.

O serviço estava marcado para a próxima terça-feira (24), mas a falta de chuvas reduziu os níveis de alguns mananciais usados para a captação de água na região metropolitana. A concessionária afirma que por isso decidiu adiar a manutenção, para evitar impactos no abastecimento da população.

A operação, que exige o desligamento do sistema, é feita nesta época para garantir o pleno funcionamento durante períodos de alta demanda do verão.

A chuva registrada em alguns pontos do estado na terça-feira (17) ainda não foi o suficiente para reverter a situação nos reservatórios de água, segundo a Cedae.

Os sistemas de água que abastecem o estado seguem em alerta, e a estiagem prolongada pode afetar o fornecimento para mais de 11 milhões de pessoas em dezenas de municípios fluminenses.

O sistema Imunana-Laranjal, que atende as cidades de São Gonçalo, Niterói, Itaboraí, parte de Maricá e a Ilha de Paquetá, no Rio, opera com 90% da capacidade.

Já as represas do sistema Acari (Tinguá, Xerém, Rio D’Ouro, São Pedro e Mantiquira), que abastecem parte da Baixada Fluminense, enfrentam estiagem histórica. As unidades captam água em mananciais menores, cuja disponibilidade depende diretamente do volume de chuvas para garantir a operação total do sistema.

A concessionária Águas do Rio, responsável pela rede de distribuição na região afetada, diz realizar manobras para direcionamento da água do sistema Guandu –que opera com 100% da capacidade– para as localidades atendidas.

Durante este período de estiagem, a Cedae pede aos consumidores que economizem água, adiando tarefas não essenciais que demandem grande consumo.

Na segunda-feira, o governador Cláudio Castro anunciou medidas para conter a crise hídrica, como envio de carros-pipa para algumas regiões afetadas, com prioridade para creches, escolas e hospitais.

Castro anunciou ainda um monitoramento da comercialização de água para evitar aumentos abusivos de preço. Além disso, estão em andamento obras emergenciais de desassoreamento do Canal de Imunana, que atende o leste metropolitano, e Acari, que abastece parte da Baixada, para aumentar a vazão.

A previsão, segundo o governador, é de que a crise hídrica e a situação das queimadas no estado sejam controladas em até um mês.

Desde a criação do Gabinete de Crise, na quinta-feira (12), mais de 1.400 incêndios florestais foram extintos. Na tarde desta quarta-feira (18) havia dois focos ativos sendo enfrentados pelos bombeiros.

De acordo com o governo, ao menos 20 pessoas são investigadas sob suspeita de terem ateado fogo em vegetações no estado.

ALÉXIA SOUSA / Folhapress

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