Escola estadual da zona norte de São Paulo é finalista de prêmio internacional

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Escola Estadual Deputado Pedro Costa é a única representante brasileira na final do prêmio World’s Best Schools (Melhores Escolas do Mundo), organizado pela T4 Education, uma plataforma global que reúne uma comunidade de mais de 200 mil professores de mais de cem países.

A instituição, que oferece ensino integral para mais de 300 alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental na Vila Isolina Mazzei, na zona norte de São Paulo, está entre as três finalistas na categoria “Colaboração Comunitária”.

Os concorrentes da escola brasileira são o Colégio María de Guadalupe, da Argentina, e o Salomé Ureña Leadership Academy, dos Estados Unidos.

No site da plataforma, a escola é descrita como uma instituição que usa o Clube de Xadrez e as aulas de atletismo e ginástica para transformar os estudantes em líderes comunitários e pensadores criativos.

Dois professores levaram atividades de xadrez e atletismo aos alunos do 1º ao 5º ano para promover desenvolvimento pessoal e interação entre as crianças. Eles também não tinham recursos no início, e improvisavam materiais para serem usados nas atividades.

O professor Luiz Fernando Junqueira, 49, pegou desde rolos de papel higiênico até meias de areia para criar obstáculos, pesos de arremesso e outros equipamentos para as aulas de atletismo.

Já Leonardo Alcântara, 66, levou seus próprios jogos de xadrez para ensinar o esporte na escola, que antes tinha apenas dois tabuleiros. Hoje, ele empresta seus jogos para que alunos continuem desenvolvendo a habilidade em casa, com a família, e ensinem para amigos.

“Essa fase do 1º ao 5º ano é do direito de brincar, em que relações na unidade escolar são muito intensas. Como professor, tenho que criar aulas atrativas e trabalhar a socialização do aluno para que ele aprenda melhor e se sinta acolhido”, diz Leonardo.

Para implementar essas iniciativas, a Deputado Pedro Costa contou com o apoio da ONG Parceiros da Educação, que se dedica a impulsionar a qualidade da educação básica em São Paulo a partir de quatro pilares: gestão, pedagógico, infraestrutura e envolvimento da família e comunidade.

As outras categorias, que não possuem escolas do país, são: Ação Ambiental, Inovação, Superando a Adversidade e Apoiando Vidas Saudáveis. Também há a premiação Escolha da Comunidade, em votação pública.

Os vencedores serão anunciados em outubro e dividirão o prêmio total de US$ 50 mil (R$ 270,9 mil) — cada um receberá R$ 54,1 mil. A seleção é feita por um júri composto por acadêmicos, educadores, ONGs, empreendedores sociais, governos, sociedade civil e setor privado de diversos países.

Neste ano, outras três escolas brasileiras foram indicadas ao prêmio, mas não chegaram à final. O Núcleo de Ensino da Unidade de Internação de Santa Maria, do Distrito Federal, concorria na categoria Superando Adversidades; a Escola Estadual Professora Maria das Graças Escócio Cerqueira, de Itaituba (PA), estava na categoria Ação Ambiental; e o Colégio Militar de Manaus (AM), na categoria de Inovação.

No ano passado, cinco escolas brasileiras estavam na disputa do World’s Best Schools e duas foram premiadas: a EEMTI Joaquim Bastos Gonçalves, de Carnaubal (CE), na categoria Apoio a Vidas Saudáveis, pelo trabalho de reintegração dos alunos à sociedade após a pandemia de Covid-19; e a Escola Municipal Prof. Edson Pisani, de Belo Horizonte, na categoria Escolha da Comunidade.

Redação / Folhapress

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