Ed Sheeran faz show para casal dançar agarrado em Rock in Rio romântico

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – As mãos de Ed Sheeran passam pelas cordas do violão, depois batem no instrumento, como se fosse uma bateria, e então se erguem, pedindo as palmas do público. O britânico encabeçou o palco principal do Rock in Rio em show que começou nos primeiros minutos desta sexta-feira (20).

Voz ora dos tremendamente apaixonados, ora dos sofredores de corações partidos, Ed Sheeran segura sua apresentação com o que tem de melhor –voz e letras.

“Olá, Rio, faz tempo que estive aqui”, ele cumprimenta, depois de cantar “Castle on the Hill”. Aí explica que no seu show ele preza para que tudo seja tocado e cantado ao vivo, e dá uma explicação confusa sobre como funcionam os instrumentos que ele próprio vai tocar ao longo daquelas quase duas horas.

É a quarta vez de Ed no Brasil, e sua última passagem pelo país foi há cinco anos, com a turnê dedicada ao disco “Divide”, seu projeto de maior alcance até hoje. De lá para cá, o britânico lançou outros quatro álbuns, nenhum deles com tanto apelo popular quanto os anteriores.

Resta a ele, então, fazer um show saudosista se quiser empolgar a plateia, especialmente num festival, onde nem todos ali conhecem o trabalho do artista tão a fundo. E assim ele faz.

Ed introduz “The A Team”, lançada há 14 anos, dizendo que à época tinha medo de aquele ser para sempre seu único sucesso, e que hoje ele acha inacreditável ver uma multidão de brasileiros entoando suas canções.

Depois vem “Give Me Love”, também lançada naquele tempo, quando ele estava saindo da adolescência e cantava as dores dessa fase da vida. No final da apresentação ele pede à plateia que acompanhe o refrão com uma sinfonia de vogais, espécie de dueto entre artista e fã que cria um daqueles momentos catárticos. É como se ali, com as vozes de dezenas de milhares de pessoas obedecendo ao seu comando, ele expurgasse qualquer sofrimento um dia causado por uma decepção amorosa.

“Eyes Closed”, do álbum “Subtract”, lançado no ano passado, é dedicada pelo cantor a um amigo dele que morreu em 2022 –no palco, Ed faz um discurso sobre luto. O sentimento é um dos vários traumas sobre os quais ele versa nesse álbum, considerado um dos mais melancólicos do seu repertório.

Os momentos mais altos do show acontecem na metade, com os megahits “Thinking Out Loud” e “Photograph”, que tocaram à exaustão nas rádios durante a última década, e embalaram incontáveis cerimônias de casamento. No Rock in Rio, os casais que dançavam separados logo trataram de se unir, com os braços bem cruzados, para balançar colados.

O clima de romance seguiu com “Perfect”, outro sucesso, que fala sobre um amor eterno e sem defeitos. Um grito alto de “Ed, eu te amo” subiu da plateia. O show terminou com “Shape of You”, “Bad Habits”, e uma promessa do britânico de voltar ao país no ano que vem.

Depois da sofrência de Jão, das letras de amor de Charlie Puth e do pagode apaixonado de Gloria Groove, Ed Sheeran fechou o dia mais romântico desta edição do Rock in Rio num dos dias de programação mais bem alinhada. O festival segue nesta sexta-feira com o pop de Ivete Sangalo, Karol G e Katy Perry.

GUILHERME LUIS / Folhapress

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