SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ricardo Nunes (MDB) consolidou a liderança contra Pablo Marçal (PRTB) em boa parte dos segmentos pesquisados em simulação de segundo turno na mais recente pesquisa Datafolha à Prefeitura de São Paulo.
Nunes lidera em todos os segmentos de gênero, étnico-raciais e de renda, ganhando mais vantagem na maioria deles. Até mesmo entre evangélicos, grupo em que havia empate técnico na semana passada, o atual prefeito conquistou a liderança.
Os grupos em que o atual ocupante do Edifício Matarazzo tem maior folga são as mulheres, com 50 pontos de diferença, os católicos e os mais pobres.
Nos dados globais, se o segundo turno da eleição paulistana fosse hoje, 60% escolheriam o atual prefeito e 25% optariam pelo autodenominado ex-coach.
A pesquisa foi realizada de terça-feira (17) até esta quinta-feira (19) com 1.204 eleitores de São Paulo, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo e registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-03842/2024. A margem de erro nos dados globais é de três pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
Cada segmento possui uma margem de erro específica, o que é importante para definir se um dos candidatos está na frente ou está empatado tecnicamente em determinado grupo.
Veja o resultado da pesquisa Datafolha de intenção de voto em segundo turno à Prefeitura de São Paulo em cada segmento:
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POR GÊNERO
Nunes registrou nesta rodada 18 pontos de diferença para Marçal entre homens. Na atual pesquisa, o prefeito tem 52%, e o empresário registra 34%, com margem de erro de quatro pontos, para mais ou para menos.
Entre as mulheres, essa distância chega a 50 pontos, com margem de erro de quatro pontos. Ele tem 66% e Marçal tem 16%. Na pesquisa anterior, a diferença era de 43 pontos, com o prefeito marcando 64% e o influenciador, 21%.
POR RELIGIÃO
Nunes mantém-se à frente entre os católicos e, agora, também entre os evangélicos. A diferença no primeiro é de 45 pontos, já que o prefeito marcou 66% e Marçal registrou 21%. O chefe do Executivo paulistano oscilou cinco pontos para cima e Marçal agora tem dois pontos a menos em relação à semana passada.
Entre os evangélicos, Nunes registra 53% ante 33% de Marçal. O primeiro oscilou positivamente cinco pontos, e o segundo, sete pontos para baixo. As margens de erro por religião são de cinco pontos percentuais entre católicos e seis entre evangélicos.
POR CRITÉRIO ÉTNICO-RACIAL
No quesito racial, o prefeito fica 37 pontos à frente do autodenominado ex-coach entre as pessoas brancas, tendo 60% contra 23% de Marçal. Na pesquisa de 10 a 12 de setembro, a distância era de 30 pontos, e a margem de erro para o grupo é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.
Entre os que se autodeclaram pardos, Nunes tem 33 pontos à frente ele segue liderando por 60% a 27% com uma margem de cinco pontos. Na pesquisa da semana passada, eram 32 pontos de distância entre o prefeito e o autodenominado ex-coach.
Entre os eleitores autodeclarados pretos, o emedebista tem 59% e o empresário tem 21%, uma vantagem de 38 pontos percentuais. Nesse grupo, Marçal perdeu cinco pontos, e a margem de erro entre pessoas pretas é de sete pontos.
POR RENDA
Seguindo a tendência dos outros segmentos pesquisados pelo Datafolha, Nunes tem larga vantagem entre as diferentes faixas de renda nas quais o instituto de pesquisas divide os entrevistados.
Entre os mais pobres, são 63% que escolhem Nunes em eventual segundo turno contra Marçal, que marca 20%. São 43 pontos de vantagem. Em relação à pesquisa anterior, o prefeito oscilou dois pontos para cima, e o influenciador, quatro pontos para baixo. A margem é de cinco pontos.
Essa grande diferença também pode ser vista na faixa média de renda, na qual Nunes registra 60% das intenções de voto contra 26% de Marçal. A margem de erro aqui é de cinco pontos percentuais. Neste grupo também houve oscilação positiva do emedebista e negativa do candidato do PRTB.
Na faixa de renda mais elevada, segundo o Datafolha, Nunes lidera por 55% a 29%, diferença de 26 pontos percentuais, com margem de erro de sete pontos, para mais ou para menos.
MATHEUS TUPINA / Folhapress