São Paulo reencarna espírito de copa com receita já testada por Zubeldía

RIO DE JANEIRO, E SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – “É Copa, se sofre e é assim”. Essa foi uma das frases ditas por Luis Zubeldía após o empate sem gols do São Paulo contra o Botafogo, no Nilton Santos, pela ida das quartas de final da Libertadores. O clube, aliás, tem encarnado o espírito “copeiro” ao adotar uma fórmula já testada —e aprovada— no ano passado pelo seu treinador.

É PRECISO SABER SOFRER

Zubeldía reforçou sua zaga diante dos cariocas e acabou premiado. Mesmo pressionado —principalmente no primeiro tempo—, o Tricolor segurou o 0 a 0 até o apito final e empurrou a decisão para o MorumBis.

A estratégia já havia sido adotada contra o Nacional (URU) nas oitavas de final: a equipe empatou em Montevidéu e, em casa, aplicou 2 a 0 no adversário.

Sofrer poucos gols como visitante marcou o último título de Zubeldía, no ano passado, pela LDU. O treinador comandou o time equatoriano na campanha vencedora da Sul-Americana.

Nas três eliminatórias antes da final contra o Fortaleza daquela Sul-Americana, a equipe foi vazada apenas uma vez fora de casa —e justamente contra o São Paulo, no MorumBis, já no duelo de volta das quartas. Diante do Ñublense e do Defensa y Justicia, em duelos de ida das oitavas e da semi, a LDU não tomou gols: venceu os chilenos por 1 a 0 e empatou com os argentinos.

Na fase de grupos, a tônica foi a mesma, e o próprio Botafogo foi uma das vítimas: os equatorianos saíram do Nilton Santos com o empate por 0 a 0.

SUSTOS E MUDANÇA DE ESQUEMA

Contra o Botafogo, Zubeldía colocou em campo um São Paulo com três zagueiros em uma espécie de 5-4-1. A estratégia, porém, não se mostrou eficiente na etapa inicial: a equipe deixou muitos espaços na intermediária e não teve forças para armar contra-ataques.

O cenário mudou após substituições no 2° tempo. O técnico mexeu na estrutura do time tricolor, que passou a ter um pouco mais de volume e até teve chance de balançar a rede —algo que se mostrava, até então, distante.

O 1° tempo foi uma virtude do rival, mas tínhamos de correr melhor o campo mudando algumas coisas. Depois, jogamos mais tranquilos, e o rival não criou tanto. Entraram jogadores frescos. São jogos de Copa, jogos de 180 minutos. Acredito que podemos passar.Zubeldía, após Botafogo 0 x 0 São Paulo

ALEXANDRE ARAUJO E BRUNO MADRID / Folhapress

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