RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Depois que a multidão entra na Cidade do Rock, o entorno da Barra Olímpica, bairro que abriga o Rock in Rio, fica em clima de feriado durante a tarde. Ruas interditadas, lojas fechadas e pouco movimento de pedestres dão a sensação de que nada acontece por ali.
Na entrada da Cidade do Rock, o movimento de cambistas e vendedores ambulantes é tímido por conta da presença de guardas municipais -são 930 agentes escoltados por dia. Distantes dos palcos onde artistas internacionais se apresentam, alguns ambulantes ouvem pagodes em caixas de som para passar o tempo.
Sem graves intercorrências no entorno do Rock in Rio, segundo agentes da prefeitura e policiais ouvidos pela reportagem, a maior preocupação tem sido moradores da Barra da Tijuca que estão utilizando a credencial de livre acesso em veículos para realizar transporte particular de passageiros, prática proibida pela prefeitura.
Motoristas de aplicativos, sem acesso ao festival, devem parar em uma área exclusiva, localizada no Riocentro. As principais avenidas no entorno da Cidade do Rock estão interditadas para carros, e apenas veículos autorizados podem ultrapassar a barreira.
Moradores do entorno precisaram se cadastrar entre julho e agosto para ter acesso às ruas bloqueadas. Cada veículo recebeu um adesivo de livre acesso.
A secretaria de Ordem Pública aplicou 22 multas pela prática irregular desde o início do festival.
O transporte irregular é feito por agendamento. Um morador, procurado pela reportagem, cobrou R$ 800 para deslocamento de ida e volta da Cidade do Rock até a zona norte do Rio, uma distância de cerca de 30 km.
Guardas municipais também fazem fiscalização na lagoa de Jacarepaguá, que fica no entorno da Cidade do Rock.
Um catamarã é usado para monitorar presenças indevidas. A lagoa já foi usada em edições anteriores do Rock in Rio por quem não tinha ingresso.
YURI EIRAS / Folhapress