Cyndi Lauper leva força roqueira e defende direito ao aborto no Rock in Rio

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Com décadas de carreira, Cyndi Lauper precisou de pouco para impressionar no palco Mundo do Rock in Rio, onde cantou na noite desta sexta-feira. Apareceu no palco de repente, sem nenhum alarde, vestida com uma roupa prateada, reluzente.

A sexta apresentação da americana no país começou com “She Bop”, um pop rock que deu o tom do que preencheria o show. Dona de um vocal limpo e potente, Lauper leva a performance praticamente sem apoio de bases pré-gravadas, o que é raro, mostrando que está com o gogó em dia.

Aos 71 anos, ela faz agora sua última turnê. Isso se não mudar de ideia –à Folha, disse que tem vontade de voltar ao Brasil no ano que vem para uma apresentação derradeira.

Em “I Drove All Night”, Lauper deitou no palco, ergueu as pernas, balançando-as, e alisou o próprio corpo. No refrão, estendia as vogais por vários segundos, de olhos fechados, num retrato da diva desse rock dançante que ela faz há tantos anos.

Lauper sempre defendeu minorias, especialmente as mulheres e a comunidade LGBTQIA+. No Rock in Rio, ela defendeu a legalização do aborto, lembrando que criou uma instituição em defesa dos direitos reprodutivos e da saúde da mulher.

Mais de uma vez Lauper, tentando se comunicar, se lamentou por não saber falar nada em português, e falhou em entender quando o público puxou um coro de “Cyndi, gostosa”. Ainda assim, sorriu e agradeceu por gritarem tanto seu nome.

“Time After Time”, um dos seus sucessos, lançada na década de 1980, virou um dueto entre artista e público, com Lauper apontando o microfone para os fãs ajudarem-na a tornar a performance mais bela.

Após se enrolar numa bandeira do Brasil jogada ao palco, Lauper terminou seu show da forma mais óbvia possível, mas não menos empolgante. Ao som de “Girls Just Want to Have Fun”, um desses hits que atravessa gerações, a americana fez o Rock in Rio gritar alto, dançar por minutos, com a música ganhando refrões a mais.

Após o show eletrizante de Ivete Sangalo, Lauper manteve a energia no alto, emprestando sua força roqueira a um dia do festival dominado pelo pop.

GUILHERME LUIS / Folhapress

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