SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O número de mortos aumentou para 45 em consequência do ataque de Israel desta sexta-feira (20), disse o Ministério da Saúde libanês neste domingo (22).
O Hezbollah afirmou que 16 membros, incluindo o líder sênior Ibrahim Aqil e outro comandante, Ahmed Wahbi, estavam entre os mortos no ataque mais mortal desde o início do conflito com Israel, em 7 de outubro.
O exército israelense relatou que atingiu uma reunião clandestina de Aqil e líderes das forças de elite Radwan do Hezbollah e desmantelou quase toda sua cadeia de comando militar. Entre os mortos também estavam pelo menos três crianças e sete mulheres, de acordo com o ministério da saúde.
O conflito se intensificou desde que o Hezbollah abriu uma segunda frente contra Israel, em solidariedade aos palestinos que enfrentam uma ofensiva israelense mais ao sul, em Gaza. A organização prometeu lutar até um cessar-fogo na guerra paralela de Gaza.
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou que os ataques continuariam até que fosse seguro para as pessoas evacuadas no norte retornarem, preparando o cenário para um longo conflito. O exército israelense disse que atingiu cerca de 290 alvos no sábado, incluindo milhares de lançadores de foguetes do Hezbollah, e que continuaria a atingir mais.
Já o Hezbollah anunciou que atingiu um quartel e outra posição israelense com esquadrões de drones de ataque neste domingo (22). A organização disse que lançou foguetes contra instalações militares-industriais em uma “resposta inicial” aos dois dias de ataques na semana passada, nos quais pagers e walkie-talkies usados
Com pelo menos 84 pessoas mortas no Líbano na semana passada, o número de mortos no conflito no país desde outubro ultrapassou 750 durante o pior conflito entre Israel e Hezbollah desde a guerra de 2006.
JULIANA ALVES / Folhapress