SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Mais de 90.000 pessoas foram forçadas a deixar suas casas no Líbano desde segunda-feira (23) devido aos bombardeios israelenses, informou a ONU.
Foram 90.530 novos deslocados. Dado é de levantamento da Organização Internacional para as Migrações, que verificou também que quase 112.000 se movimentaram desde outubro de 2023.
Pessoas estão “abandonando suas casas a cada minuto”. Segundo a agência da ONU para Refugiados mais de 27.000 foram deslocadas nas últimas 48 horas.
Centenas de veículos estão presos em filas na fronteira com a Síria; muitas pessoas também estão chegando a pé, carregando o que podem. Grandes multidões, incluindo mulheres, crianças pequenas e bebês, estão esperando na fila depois de passar a noite ao ar livre em temperaturas baixas. Alguns carregam ferimentos recentes dos bombardeios recentes.
ACNUR
LÍBANO TEM MAIS DE 50 MORTOS EM NOVO DIA DE BOMBARDEIOS ISRAELENSES
Ao menos 51 pessoas morreram, segundo o Ministério da Saúde do Líbano. Entre as cidades com mortos estão Tebnine, Bint Jbeil, Ain Qana, Kesruan e Chouf.
Entre os mortos desde a segunda-feira (23) estão dois jornalistas. Um deles, Hadi al-Sayed, era do canal libanês Al Mayadeen; o outro, Kamel Karaki, era câmera do canal Al-Manar.
Região montanhosa ao norte de Beirute foi uma das atingidas. Segundo a Agência Nacional de Notícias do Líbano, foguetes caíram em uma casa e um café no enclave de Kesruan, um “vilarejo” xiita localizado em área de maioria cristã. Três pessoas morreram e nove ficaram feridas no local.
Israel cita “ataques de grande alcance” após interceptação de míssil contra periferia de Tel Aviv. Segundo o Exército do país, o grupo extremista lançou o míssil contra a sede do Mossad, serviço de inteligência e contraterrorismo de Israel, a 200 km de distância da fronteira.
Local de onde o míssil foi lançado foi atingido por bombardeio israelense, informou Exército. O porta-voz do Exército, Nadav Shoshani, afirmou que um ataque à região de Nafakhiyeh destruiu o lançador de onde o ataque do Hezbollah saiu.
Redação / Folhapress