Capitão Wagner ataca radicalismo de ex-aliado e promete moderação em Fortaleza

FORTALEZA, CE (FOLHAPRESS) – Capitão Wagner (União Brasil) bateu na trave três vezes nas últimas eleições. Em 2016 e 2020, chegou a ir para o segundo turno na disputa à Prefeitura de Fortaleza, mas perdeu em ambas -para Roberto Cláudio na primeira e depois para José Sarto.

Em 2022, tentou o Governo do Ceará e ficou novamente em segundo: Elmano de Souza (PT) venceu no primeiro turno -mas em Fortaleza quem teve mais votos foi Wagner. Agora, apesar de ter perdido a vice-liderança na última pesquisa Datafolha, o ex-PM de 45 anos aposta no bom desempenho recente na capital para ir de novo ao segundo turno.

“Tem candidaturas que propõem a radicalização, que não sentam com o presidente e com o governador. Sou diferente”, disse Wagner à reportagem, alfinetando André Fernandes, ex-aliado que lidera as pesquisas e virou seu maior alvo. “Mesmo sendo oposição aos governos estadual e federal, quando fui secretário de saúde em Maracanaú [Grande Fortaleza], sentei com ambos e consegui levar muita coisa para a cidade”, afirmou.

“A experiência em três áreas essenciais, na educação, como ex-professor [de preparatórios para concursos], especialista em segurança pública e gestor em saúde me credenciam a chegar mais preparado, maduro, e de governar a cidade com diálogo.”

De fato mais moderado que André, Wagner se define como “de centro-direita”. Mas apoiou Bolsonaro em 2018 e 2022. “Acho que ele deixou um legado. Votei nele, não nego, fiz campanha. Mas sempre tive independência de questionar. Votei contra a reforma da Previdência, me vacinei, defendi a vacinação, fui secretário de Saúde e ampliei a cobertura vacinal em Maracanaú.”

Líder de um motim de PMs entre 2011 e 2012, o capitão reformado defende que a prefeitura seja mais presente na segurança, atribuição estadual. Também aqui, faz questão de se apartar de André: “Alguns têm propostas populistas de usar o caveirão para invadir comunidades. Isso não é papel da prefeitura e é muito arriscado pros moradores. Outros, como eu, defendem o uso da tecnologia, a melhoria da iluminação pública, uma guarda municipal treinada e equipada para proteger as pessoas e levar a paz.”

FABIO VICTOR / Folhapress

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