SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Mais de 20 anos após perder o pai, morto a tiros, a policial civil Gislayne Silva de Deus, de 36 anos, participou nesta semana da operação para prender o assassino em Boa Vista (RR). Ela se inspirou a entrar na corporação para buscar justiça.
Filha mais velha da vítima, Gislayne estudou e entrou na Polícia Civil de Roraima. Após entrar na corporação, ela solicitou que fosse lotada na Delegacia de Homicídios para tentar encontrar o responsável pela morte de seu pai.
Pai da policial foi morto em fevereiro de 1999. Givaldo José Vicente de Deus, 36, foi atingido com um tiro em um bar no bairro de Asa Branca, em Boa Vista. A motivação do crime teria sido uma dívida da vítima de R$ 150 contra o agressor, identificado como Raimundo Alves Gomes, informou a SESP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) de Roraima. Givaldo deixou cinco filhas pequenas, incluindo Gislayne.
Raimundo desapareceu após o crime e ficou 25 anos foragido. Após anos de investigações, ele foi encontrado em uma região de chácaras, onde se escondia, durante operação feita com apoio do Deint (Departamento de Inteligência) da SESP. Havia um mandado de prisão contra ele.
Policial civil deu voz de prisão ao acusado. “O ato encerra uma caçada de 25 anos e simboliza a vitória de uma família que, apesar do tempo, nunca desistiu de ver a justiça ser feita”, disse a SESP.
O UOL busca a defesa do preso. A reportagem não conseguiu contato com os defensores de Raimundo. O espaço está aberto para caso de manifestação.
Redação / Folhapress