SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS0 – O candidato Guilherme Boulos (PSOL) reagiu a uma insinuação de Pablo Marçal (PRTB) e revelou, durante o debate o debate Folha/UOL, nesta segunda-feira (30), que foi internado na juventude por causa de depressão e que jamais usou cocaína, como acusava sem provas o adversário, mas admitiu já ter experimentado maconha.
Boulos trouxe o caso da internação à tona após Marçal fazer menção, sem contexto claro, a informações que supostamente levaria a público na última semana antes do primeiro turno. O candidato do PRTB já tinha sido responsável por associar o nome de Boulos a cocaína, mas a Folha mostrou que a acusação era feita com base no caso de um homônimo do deputado.
O candidato do PSOL disse no debate que “a baixaria do Marçal não tem limite”, classificando o oponente como alguém que entrou na campanha “só para atacar e tumultuar”, e revelou que quando tinha 19 anos ficou internado por depressão crônica.
“Lidei com ela, venci a depressão e segui em frente, que é o que eu desejo para todo mundo que enfrenta depressão”, afirmou Boulos, falando que o influenciador trabalha com “lama, mentira” e reiterando que a farsa armada pelo concorrente no caso de cocaína já tinha sido exposta pela reportagem.
O candidato do PSOL ressaltou que muitos outros jovens enfrentam o problema da depressão crônica. “Nunca disse isso publicamente, porque não cabe.”
O deputado afirmou ainda que o candidato do PRTB tentou “forçar mais uma fake news”, que queria deixar para a reta final da campanha, mas “foi desmascarado ao vivo”. “Não vou ficar em bate-boca com um cidadão desse”, completou.
Na sequência, Marçal questionou Boulos diretamente sobre uso de cocaína e maconha.
“Nunca usei cocaína. Não uso drogas. Maconha eu provei uma vez, na adolescência, me deu uma dor de cabeça danada, e nunca mais”, respondeu.
Depois do embate no programa, Boulos afirmou que pretende procurar os médicos responsáveis pelo seu caso e buscar o prontuário de sua internação para eventual divulgação. Ele declarou que decidiu trazer o episódio à tona quando Marçal citou o hospital e concluiu que isso seria usado para atacá-lo.
Redação / Folhapress