BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A FAB (Força Aérea Brasileira) informou nesta terça-feira (1º) que o primeiro avião que vai ao Líbano na missão para retirar brasileiros da zona de conflito deve decolar nesta quarta-feira (2).
A previsão inicial é que a aeronave traga 220 brasileiros dos territórios em risco por causa da escalada do conflito, entre Israel e o grupo Hezbollah. Ainda não há uma definição sobre a data de retorno, que depende de “coordenações e protocolos adicionais”.
“A Força Aérea Brasileira (FAB), em ação do Governo Federal, prepara para a Operação “Raízes do Cedro” uma aeronave KC-30, com a previsão inicial de repatriar 220 brasileiros em território afetado pelos acontecimentos recentes entre Israel e Líbano” informou, em nota.
O avião tem previsão de decolagem da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro com destino ao aeroporto de Beirute, capital do Líbano. Há uma escala prevista em Lisboa, Portugal.
“A tripulação será composta, além dos tripulantes operacionais da aeronave, por militares da área de saúde (médico, enfermeiro, psicólogo), que estarão prontos para prestar o apoio necessário durante a missão”, completa o texto.
Nesta segunda-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (30) um voo para repatriar brasileiros que estão no Líbano, país que vem sendo alvo de ataques das forças israelenses, em guerra com o grupo Hezbollah.
O plano prevê a retirada dos brasileiros da área pelo aeroporto da capital do Líbano, Beirute. A operação será coordenada pelo Itamaraty e pelo Ministério da Defesa.
A nota do Ministério das Relações Exteriores diz que a embaixada brasileira no Líbano está tomando as providências para viabilizar a operação. O posto diplomático está em contato com a comunidade brasileira no país e em “estreita coordenação com as autoridades locais”.
A decisão de retirar os brasileiros foi anunciada pouco antes de Israel iniciar uma invasão terrestre no Líbano.
Após a ofensiva israelense, a situação no Oriente Médio passou por uma nova escalada, com a disparada de mísseis a partir do Irã contra Israel. O regime iraniano é aliado da milícia xiita Hezbollah.
O conflito no Oriente Médio atingiu um novo patamar de violência no fim de semana, com o assassinato na noite de sexta-feira (27) do líder do grupo libanês, Hassan Nasrallah, de 64 anos, além de diversos outros líderes. Todos foram mortos durante um mega-ataque aéreo na capital Beirute.
A crise no Oriente Médio já havia subido no domingo (22) após Israel lançar uma grande ofensiva, com ataques aéreos em diversas regiões libanesas. O Hezbollah já havia, por sua vez, lançado foguetes contra territórios israelenses, após a explosão dos pagers, quando diversas lideranças do grupo foram mortas.
RENATO MACHADO / Folhapress