Gestão Tarcísio vai dar bolsa estágio para 3% dos alunos do ensino técnico

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou nesta quarta-feira (2) que vai pagar 5.000 bolsas de estágio em 2025 para alunos de ensino médio de ensino técnico. O montante vai atender 3% dos 170 mil matriculados na modalidade.

O programa BEEM (Bolsa Estágio Ensino Médio) vai pagar até R$ 1.000 para alunos estagiarem em empresas, que firmarão parceria com o governo do estado. As bolsas terão duração de seis meses.

A ampliação de matrículas no ensino profissionalizante é uma das principais apostas do governo Tarcísio para a educação paulista. Para aumentar rapidamente o número de vagas, a gestão apostou na oferta de itinerários formativos técnicos dentro das escolas regulares.

Com essa estratégia, a estimativa do governo é ter no próximo ano 170 mil alunos matriculados no ensino profissionalizante. Em 2023, eram 35 mil e, neste ano, 71 mil.

O secretário de Educação, Renato Feder, disse que o programa de bolsas tem como objetivo incentivar os alunos a cursarem os itinerários profissionalizantes e combater a evasão escolar.

“É um programa que incentiva e permite ao aluno estudar e trabalhar. É um apoio importante”, disse após a apresentação do programa no Palácio dos Bandeirantes na manhã desta quarta.

O objetivo é que 5.000 alunos sejam beneficiados com o programa em 2025 e 30 mil até o final de 2026. Feder reconheceu que o número de bolsas ofertado pode ser insuficiente para atender todos os jovens que precisam trabalhar e estudar. “Vamos começar pequeno para depois ampliar.”

Como o número de bolsas é pequeno, a secretaria já prepara uma regulamentação do programa com critérios para alunos prioritários. Estudantes com maior rendimento e de baixa renda terão prioridade nos estágios.

Todos os estudantes selecionados terão uma jornada de quatro horas de atividades de estágio diárias -20 horas semanais.

Com a formalização do programa nesta quarta, a área técnica da Secretaria da Educação dará início à abertura de editais para parcerias com instituições e empresas privadas interessadas em receber os estudantes do programa.

O BEEM será pago pela Educação por um período de seis meses, assim como o seguro contra acidentes pessoais dos estudantes. As empresas parceiras deverão fornecer auxílio transporte aos estudantes e dispor de profissional que atuará como supervisor do estágio, com formação ou experiência na área de conhecimento do curso técnico da secretaria.

“O governo vai pagar a bolsa por seis meses, para a empresa vai sair de graça. Mas a ideia é que vocês [alunos] vão fazer um trabalho tão bem feito que as empresas não vão querer perdê-los depois desse período e vão contratar vocês. É uma porta de entrada pro mercado de trabalho”, disse Daniel Barros, coordenador pedagógico da secretaria.

No itinerário formativo técnico profissional, são nove opções de cursos com aulas diretamente nas escolas estaduais do estado: administração, agronegócio, ciências de dados, desenvolvimento de sistemas, enfermagem, farmácia, hospedagem, logística e vendas.

ISABELA PALHARES / Folhapress

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