SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Quatro homens foram presos em flagrante após invadir um prédio de luxo em Santos, no litoral paulista, na manhã de terça-feira (1º), e fazer moradores e funcionários reféns por quase seis horas.
De acordo com a Polícia Civil, o alvo do grupo era o apartamento em que vive João Paulo Martins, goleiro do Santos, na cobertura do prédio, mas os criminosos entraram na casa de um vizinho.
O porteiro do edifício também foi preso em flagrante sob suspeita de participar do crime.
A invasão ocorreu por volta das 7h30 na rua Castro Alves, no bairro Embaré. Os criminosos entraram na garagem do condomínio em um carro e renderam uma funcionária da limpeza e um prestador de serviço que estavam no local.
Por volta das 9h30, ciente de que a Polícia Militar já havia sido acionada pelo síndico, um dos criminosos tentou fugir de carro. Ele saiu da garagem em alta velocidade, mas foi atingido por tiros disparados pela polícia. Ele desceu do carro e tentou fugir a pé, mas foi detido.
Tanto a rua do condomínio como as vias do entorno foram bloqueadas pela polícia.
Os suspeitos não conseguiram acessar a cobertura do goleiro do Santos, mas entraram em um apartamento no 30º andar e fizeram os moradores reféns. Seis pessoas ficaram sob a mira das armas dos criminosos, que fizeram um arrastão no apartamento.
O Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) foi acionado para negociar com os três suspeitos que mantinham os reféns. Eles libertaram os reféns no hall do prédio por volta das 13h e se renderam em seguida.
A Polícia Civil afirma que o porteiro do prédio participou da organização da invasão, dabdo informações sobre o funcionamento do condomínio e a rotina dos moradores.
O porteiro, ainda segundo a polícia, admitiu conhecer um dos suspeitos -afirmou que mora na mesma comunidade-, mas disse que foi obrigado a participar do crime sob ameaça de morte.
Durante a execução do crime, o porteiro teria trocado mensagens com os criminosos e informado que a polícia havia sido acionada.
Segundo a SSP (Secretaria da Segurança Pública), as armas usadas pelos suspeitos foram apreendidas e enviadas ao IC (Instituto de Criminalística) para perícia. O caso foi registrado no 3º Distrito Policial de Santos como roubo qualificado, associação criminosa, tentativa de homicídio e dano qualificado.
O goleiro do Santos comentou o episódio em uma publicação no Instagram.
“Passando aqui para tranquilizar todos vocês. Estamos na nossa casa, estamos seguros. Não estava em casa no momento, estava no CT [centro de treinamento] tratando, só estava a Ju [esposa] aqui, mas graças a Deus não aconteceu nada. Podem ficar tranquilos”, disse o jogador no Instagram de Juliane Costa.
FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress