Lula se reúne com Haddad e Galípolo na véspera da sabatina de indicado para o BC

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta segunda-feira (7), para uma reunião no Palácio da Alvorada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o indicado do governo para a presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo.

O encontro acontece na véspera da sabatina de Galípolo na Comissão de Assuntos de Econômicos do Senado, prevista para esta terça-feira (8). Há a expectativa de que a votação no plenário da Casa, para confirmar a indicação, aconteça no mesmo dia. Se aprovado, o economista vai suceder Roberto Campos Neto a partir de janeiro de 2025.

O encontro no Palácio da Alvorada não constava inicialmente na agenda do presidente Lula. O presidente cancelou todas as suas agendas na parte da tarde no Palácio do Planalto e então voltou para a residência oficial.

Interlocutores no governo confirmavam o encontro. Procurado oficialmente, o Palácio do Planalto não havia se pronunciado até a publicação dessa reportagem.

Gabriel Galípolo é atualmente diretor de política monetária do Banco Central, tendo sido indicado também pelo presidente Lula, no primeiro ano do atual governo. No fim de agosto, o mandatário o indicou para a presidência da instituição, em substituição a Roberto Campos Neto.

O mandato do atual dirigente termina em dezembro deste ano. Campos Neto vem sendo alvo de críticas e ataques de Lula desde o início do atual governo, por causa da taxa básica de juros. O mandatário também acusa o presidente de ter uma atuação política e cita sua proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Aos 42 anos, Galípolo foi um dos conselheiros de Lula na campanha presidencial de 2022 e atuou como número dois do ministro Fernando Haddad (Fazenda). Desde que assumiu o posto no BC, ele manteve canal direto com o chefe do Executivo.

No comando da instituição, caso sua indicação seja confirmada, ele terá a missão de angariar a confiança do mercado financeiro, que teme um BC leniente no combate à inflação em 2025, quando o Copom (Comitê de Política Monetário) terá maioria dos integrantes indicados pelo presidente Lula.

RENATO MACHADO / Folhapress

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