Primeira vereadora da Rede em SP, Marina Bragante promete falar com todos lados

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Rede Sustentabilidade terá, pela primeira vez, uma das cadeiras da Câmara Municipal de São Paulo. Marina Bragante foi eleita com 39.147 votos, número quase quatro vezes maior do que recebeu em 2020 (9.710), quando corria pelo PSDB e não se elegeu.

“Sempre quis ser política”, diz Bragante à reportagem. Ela é mestre em Administração Pública pela Universidade de Harvard, graduada em Psicologia e aluna do Renova BR.

Na carreira política há 17 anos, foi chefe de gabinete da deputada estadual Marina Helou (Rede-SP) e secretária estadual de Desenvolvimento Econômico durante a gestão de Rodrigo Garcia, que hoje coordena a elaboração do plano de governo da tentativa de reeleição de Ricardo Nunes (MDB).

Isso não impediu de ser apoiada por Guilherme Boulos (PSOL) na campanha que a elegeu. O contraste, para Bragante, é uma vantagem para superar a solidão do partido. “Estar sozinha não é fácil, mas não inviabiliza minha candidatura. Me inspiro bastante na Helou, que conversa com todo mundo, da esquerda à direita.”

A Rede faz coligação com o PSOL, que elegeu seis vereadores em São Paulo. Marina Bragante também é líder da Bancada do Clima, que conta com 57 vereadores eleitos pelo Brasil.

É sobre essa bandeira, inclusive, que ela pretende mais atuar. “Nós estamos respirando o pior ar do mundo e nosso prefeito, Ricardo Nunes, nem dá uma satisfação.”

Para contornar os poderes limitados de um vereador, ela diz que investirá na fiscalização. “Nunes prometeu converter 20% da nossa frota de ônibus [em elétricos] -atualmente não chega a 2%. Falta, claramente, fiscalização”.

Os problemas, para ela, também passam pelas secretarias municipais. “A secretaria do Verde e do Meio Ambiente é omissa e falta recurso para a de Mudanças Climáticas. Tudo isso pode ser corrigido pela Câmara”, afirma.

Bragante também promete abordar as áreas de educação e segurança. “Penso diferente de Nunes e Tarcísio de freitas [Republicanos], sou centro-esquerda. Segurança não se resolve apenas com policial armado nas ruas. É um problema cultural.”

Por isso, ela pretende destinar esforços para integrar Guarda Municipal e polícia, aumentar a zeladoria da cidade e ampliar o Programa Guardiã Maria da Penha. Bem como mirar na educação da primeira infância, “crucial para aumentar as oportunidades e diminuir os crimes”.

Para o segundo turno, Marina repete lema de Boulos. “Há dois caminho, quem quer que a cidade fique como está, e de quem quer mudança. Creio que quem votou em Pablo Marçal busca mudança, e aí que Boulos tem chance.”

DIEGO ALEJANDRO / Folhapress

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