STJD barra Inter e Fortaleza em ação do São Paulo que pede anulação de jogo

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Internacional e Fortaleza tentaram entrar na discussão jurídica envolvendo o pedido do São Paulo para anular o jogo contra o Fluminense. Mas o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) barrou.

Os dois clubes tentaram entrar como terceiro interessado no processo, alegando que uma eventual anulação impactará diretamente na briga por uma das vagas na Libertadores.

O Fortaleza está em terceiro no Brasileiro. O Inter, sétimo. Ambos queriam contribuir para que o pedido do São Paulo não fosse aceito, conforme manifestações entregues ao STJD.

Só que o relator do processo que tramita no Pleno, o auditor Rodrigo Aiache, entendeu que os dois clubes não têm ligação direta com o caso.

“A mera condição de partícipe em competição disputado no formato de liga não constitui vinculação direta com o objeto do processo”, disse Aiache, no despacho emitido na última segunda-feira, ao qual a reportagem teve acesso.

O Fluminense, por ser o adversário do São Paulo na partida em questão, já atua no caso oficialmente, com manifestações nos autos e sustentação oral do advogado na tribuna.

JULGAMENTO CONTINUA SEXTA

O STJD marcou para sexta-feira (11) o julgamento do pedido de anulação do São Paulo.

O clube alega que o árbitro Paulo Cesar Zanovelli cometeu um erro de direito —isto é, um erro contrário à regra do jogo— ao não apitar e permitir a construção do lance do gol do Flu. Thiago Silva chegou a colocar a mão na bola e bateu uma falta para a qual o árbitro deu vantagem.

Uma discussão anterior ao mérito da questão é se o São Paulo usou os procedimentos corretos, nos prazos devidos, para fazer esse pleito.

O julgamento foi interrompido no STJD porque a auditora Antonieta Silva pediu vistas. Até o momento, dois auditores tinham votado contra a aceitação do processo do São Paulo, antes mesmo de analisar o mérito.

O auditor Rodrigo Aiache tinha votado por receber o processo, mas, no mérito, negar a anulação de partida.

Ou seja, ao fim das contas, são três votos contrários ao que deseja o São Paulo.

IGOR SIQUEIRA / Folhapress

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