Bicheiro Rogério de Andrade é alvo de operação, e presidente da Mocidade é preso no RJ

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O presidente da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, Flávio da Silva Santos, e o bicheiro Rogério de Andrade, padrinho da agremiação, foram alvos de mandados de busca e apreensão nesta quarta (9), no Rio de Janeiro.

Santos e outras quatro pessoas foram presas na ação. O presidente da escola foi preso em flagrante após jogar uma arma pela janela, que foi recuperada. Outra arma sem licença foi apreendida no apartamento dele, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

No total, os investigadores apreenderam R$ 30 mil e 26 celulares no apartamento de Santos. A reportagem não localizou sua defesa.

Também não foi localizada a defesa de Rogério de Andrade. Os últimos advogados cadastrados no sistema judicial afirmaram que não atuam mais para ele.

Em nota, a Mocidade afirmou “que não tem relação com eventuais investigações”.

“A agremiação reforça que segue focada nas atividades sociais com a comunidade e na preparação para o Carnaval 2025”.

A ação da Promotoria e da Polícia Civil faz parte de uma investigação sobre a morte de Fábio Romualdo Mendes, que aconteceu em setembro de 2021. Ele seria ligado ao jogo do bicho e teria sido assassinado, segundo a investigação, devido a disputas por territórios controlados por Rogério Andrade.

O crime ocorreu na estrada dos Bandeirantes, em Vargem Grande, zona oeste do Rio. A vítima foi morta com vários tiros por dois homens em uma moto enquanto esperava sua esposa em um posto de saúde.

A investigação também indiciou policiais militares, mas detalhes não foram divulgados. Eles seriam da equipe de segurança de Andrade e teriam contratado o homem que fez os disparos. Esse homem já foi identificado e morreu ano passado, segundo a polícia.

Os mandados de busca e prisão são realizados em várias cidades do Rio, incluindo Maricá, Petrópolis e Angra dos Reis, além de instituições como a Penitenciária Lemos de Brito e o Hospital Central da PM.

Em nota, a Polícia Militar declarou que está cooperando com a operação e instaurou um procedimento para investigar os quatro agentes envolvidos. A corporação afirmou que não tolera desvios de conduta e punirá os culpados.

Redação / Folhapress

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