Eliezer diz que R$ 15 mil pra divulgar botox e se viciou no procedimento

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Eliezer, 34, abriu o jogo sobre procedimentos estéticos.

O ex-BBB já passou por diversos tratamentos e relembrou como tudo começou. “A primeira vez que fiz um procedimento estético foi em 2021, quando terminei um namoro em que era praticamente casado. O rompimento afetou minha autoestima, precisava me sentir melhor. Recorri à harmonização para ter o rosto mais masculino, de homem mais velho. Coloquei ácido hialurônico na mandíbula para dar o formato mais quadrado a face”, disse ele entrevista ao jornal O Globo.

O influenciador também falou sobre a autocobrança quando começou a se envolver com Viih Tube, 24. “Isso foi quase um ano antes de entrar no Big Brother. Quando saí do programa em 2022, tudo mudou. Praticamente o país inteiro estava falando da minha aparência, de como era feio, apontando o dedo para meu rosto e mostrando todas as falhas. Tanto que quando comecei a me relacionar com a Viih (Viih Tube, influenciadora e mulher de Eliezer desde 2023), isso era uma questão bastante presente nas nossas conversas. Quando falavam de nós dois na mídia era assim: ‘Como a Viih Tube, essa mulher maravilhosa, está ficando com esse cara?’. Isso me destruiu. Acabou com a minha autoestima por inteiro. Me magoou, tive que engolir seco inúmeras vezes”.

Eliezer disse que passou a mergulhar em um novo universo. “E aí, ingressei em um outro universo. Passei a receber propostas de marcas para mexer no meu rosto e ganhar por elas. Na minha cabeça isso era só benefício. Encontrei naquele meio uma forma de monetizar. Por exemplo, para uma aplicação de Botox, ganhava 15 mil reais pela divulgação. O implante de cabelo na barba me rendeu 50 mil reais. A lipoaspiração foi quase 100 mil reais. Isso virou um vício para mim. Mas, no fundo, estava fazendo para as pessoas pararem de me chamar de feio, porque por mais que falasse que não me incomodava com a opinião alheia, em relação à minha aparência, me incomodava e muito. Entrei numa roda-viva a ponto de toda vez que fazia algum procedimento, eu mesmo incentivava as pessoas a me chamarem de feio, falarem da minha aparência, para que conseguisse monetizar em cima do procedimento”.

Ele contou ainda como lidava com as críticas. “Quando gerava um comentário, debochava junto, fazia piadas como um mecanismo de defesa. Fomentava tudo isso. Muitas vezes, as pessoas já até tinham esquecido do assunto e eu colocava uma foto de antes e depois para engajar e gerar dinheiro. De uma certa forma, tenho uma grande parcela de culpa nisso, visto que promovia o ódio gratuito em cima de mim. Na minha cabeça, sabia que iam me xingar de qualquer forma, então não seria xingado de graça”.

Eliezer desabafou sobre não gostar de ver suas fotos. “Mas nada me bastava. Não gostava de nenhuma foto que tiravam do meu rosto, eu mesmo mexia no photoshop para mudá-lo. Lembro que eu e a Viih participamos de um videoclipe sertanejo e até hoje não consigo ver esse vídeo. Fizemos mais de 100 fotos e eu não gostei de nenhuma. Ela me falou: ‘você nunca vai gostar de nenhuma foto, porque você não está gostando de você’. Essa frase foi muito importante para mim, pois me ajudou a cair na real do meu ciclo vicioso”.

O influenciador disse que as críticas continuaram ao anunciarem a gravidez da primeira filha, Lua, 2. “Quando anunciamos a gravidez, as pessoas falaram sobre a minha aparência também. Tanto que a escolha por demorar a mostrar o rosto da Lua (filha do casal que hoje tem 1 ano) partiu de mim. As pessoas falavam: “imagina nascer e descobrir que é filho do Eliezer. Imagina como esse bebê vai ser feio”. Fizeram montagens de um bebê desfigurado na barriga da Viih. Foi muito forte esse ódio em torno da minha aparência. Não estava preparado para lidar com as pessoas falando que a Lua era feia por minha causa. Nós sofremos ódio por todos os lados”.

Tudo mudou após o nascimento da herdeira. “As coisas começaram a mudar após o nascimento dela. Amadureci o que não havia amadurecido durante a minha vida inteira. Mas teve um momento em específico que foi um divisor de águas. Tentei beijar a Lua e ela recusou. Repeti o gesto e teve a mesma reação. Foi então que percebi que era por causa da barba. O pelo pinicava o rostinho dela. Tirei a barba para poder beijá-la e notei pela primeira vez como tinha ficado meu rosto depois de todas as intervenções. Tinha perdido o formato da minha face, não conseguia me reconhecer no espelho. Meu rosto estava realmente muito diferente. Exageradamente estranho. Não era aquilo que queria”.

Eliezer contou como aprendeu a amar a si mesmo. “Desde então fui aprendendo muitas coisas sobre mim. Estava vivendo um momento mágico da minha vida e percebi que aquilo era felicidade de verdade. Ser feliz e me sentir bem não estava ligado aos procedimentos que fazia, não era a minha beleza ou o que as pessoas falavam fora daquele ambiente. Não precisava ligar para o que eles diziam sobre mim ou minha aparência, mas queria saber o que aquelas pessoas que estavam ali comigo pensavam sobre mim. O dinheiro que ganhei não pagava todo sofrimento que passei. Quando tive esse discernimento, no final do ano passado, comecei o processo de retirar todo o ácido hialurônico do rosto. Tirei por três meses até não sobrar mais nada. No final, quando me olhei no espelho, gostei do que vi e falei: ‘nossa, agora estou bonito’. Foi um livramento. Percebi que gostava de mim daquele jeito, como sou naturalmente. Nunca mais fiz nada”.

Por fim, ele refletiu sobre os altos e baixos. “Mas vou te contar: sofri críticas depois da desarmonização, por ter voltado ao natural. Só que agora sei que qualquer caminho que escolher, haverá sempre críticas e no mundo virtual elas voam. Muitas vezes não são sobre você, mas sobre a própria pessoa que xinga. A internet virou um poço de lamentações. Infelizmente, é uma forma que as pessoas têm de se sentir mais leves. Considero as críticas apenas de pessoas próximas, como a Viih, meus amigos, minha família, minha equipe, pois sei que eles querem que eu melhore, sei que será algo construtivo para agregar ou melhorar em algo na minha vida e carreira. Posso não gostar, mas vou refletir sobre elas. Não levo mais a internet tão a sério. Se levasse, não conseguiria viver mais, não teria paz. Agora, sim, sou bonito”.

Redação / Folhapress

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