Após edição com chuva forte, Tomorrowland reforça aposta no eletrônico brasileiro

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Apesar de ter chegado ao Brasil há quase dez anos, a história do Tomorrowland, o principal festival de música eletrônica no mundo, é pontuada por altos e baixos. A mega-rave inicia sua quarta edição no país nesta sexta-feira (11), após uma edição prejudicada, no ano passado, pela chuva e pela lama no Parque Maeda, em Itu, no interior de São Paulo.

Aquela edição, que teve o primeiro dia inteiramente cancelado –com ingresso reembolsado ao público–, carregava expectativas por ser o retorno do evento ao país, suspenso por falta de patrocínio, após as edições de 2015 e 2016, seguido da pandemia.

Desta vez, a organização tenta manter a expectativa de sucesso em alta, segundo a porta-voz do festival, Debby Wilmsem, confiando na fidelidade característica do público da música eletrônica e sobretudo daqueles dispostos a sair dos galpões escuros e madrugadas frias, onde o gênero era restrito há cerca de 20 anos, quando os irmãos Manu e Michiel Beers realizam a primeira edição do evento na Bélgica, apostando em palcos gigantescos e coloridos, opostos ao underground.

Neste ano, o Tomorrowland Brasil terá algumas novidades, entre elas os palcos Core e Freedom Stage –este último, o único palco coberto do festival–, que estarão no país pela primeira vez, além do Euphoria e o Tulip Stage, exclusivos da edição brasileira.

Em termos de line-up, porém, novidade não é a onda do Tomorrowland. Headliners e artistas do palco principal do ano passado voltam a dar as caras neste ano –como Lost Frequencies, Steve Aoki, Alok, Dimitri Vegas, Yves V, Mandy, Âme– e muitos se apresentaram noutras edições do evento pelo mundo, que tem a repetição como um de seus apelos.

“Nós procuramos nos adaptar a novos estilos e tendências”, diz Wilmsem. “Mas, com 40 mil pessoas na sua frente, é difícil se dedicar a apenas um nicho.”

Na contramão de outros festivais internacionais que acontecem no Brasil, os artistas brasileiros no Tomorrowland ganham igual ou maior destaque em comparação com DJs estrangeiros.

No domingo, Alok toca no main-stage logo antes do encerramento de Charlotte de Witte. No palco Core, Mochakk e Vintage Culture fecham a pista. É um atestado do tamanho desses DJs dentro e fora do Brasil, que colecionam sets em pistas lotadas ao redor do mundo.

“A música eletrônica não é mainstream no Brasil, então acho que os DJs acabam tendo oportunidades boas de crescer internacionalmente”, diz Wilmsem. “É importante para o público ver artistas locais no Tomorrowland.”

TOMORROWLAND BRASIL

Quando: 10, 11, 12 e 13 de outubro

Onde: Parque Maeda, Itu (SP)

AMANDA CAVALCANTI / Folhapress

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