GAROPABA, SC (UOL/FOLHAPRESS) – Técnico da seleção brasileira de futsal, Marquinhos Xavier detonou a Fifa e disse que o Brasil não conseguiu comemorar o título mundial como queria, uma vez que viajou no mesmo voo que a vice-campeã Argentina após a decisão.
“A gente ainda não comemorou, porque a Fifa se encarregou de nos mandar de volta após a final (…) No avião, a gente voa até Guarulhos com a seleção argentina no mesmo voo que a gente”, disse o técnico no programa Bola da Vez, da ESPN.
O QUE ACONTECEU
Os campeões da Copa do Mundo de futsal precisaram pegar o avião horas após a conquista do hexa, e, de quebra, com os argentinos no mesmo voo. O Brasil venceu a Argentina por 2 a 1 na final disputada no último domingo (6).
Marquinhos Xavier disse que isso não aconteceria no futebol de campo e classificou como ‘surreal’ a logística da Fifa para o torneio disputado no Uzbequistão.
O técnico da seleção brasileira foi o convidado do Bola da Vez, da ESPN, desta semana. O programa, gravado na quinta (10), vai ao ar às 21h (de Brasília) deste sábado (12).
O QUE ELE DISSE
“De fato, a gente ainda não comemorou, porque a Fifa se encarregou de nos mandar de volta após a final. A gente chega no hotel por volta da 0h, 0h30, e às 3h da manhã temos que ir para o aeroporto. Eu não senti o prazer de estar com os atletas”
“No avião, a gente voa até Guarulhos com a seleção argentina no mesmo voo que a gente. A falta de sensibilidade começa quando eles colocam a gente no mesmo hotel, no mesmo espaço de refeição, uma sala de reuniões do lado da outra”
“Surreal o que a Fifa faz às vezes com o futsal. Isso é impossível acontecer no futebol. Isso é não entender da modalidade. Não entender inclusive da questão geográfica, que nós somos rivais. neste sábado (12) a gente tem uma relação com todo mundo muito mais amistosa. Mas e se no jogo acontece algum fato ou alguma situação?”
“Você vai pro mesmo hotel, pega o mesmo voo, só faltou ir no mesmo ônibus. A gente ainda não conseguiu ter esse momento de comemoração porque nível de estresse é tão alto… Nós ficamos 60 dias confinados em preparação. E aí você quer ter aquele momento com os atletas, de contar histórias, e a gente foi impedido”
Redação / Folhapress