BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou que irá intimar a Enel de São Paulo devido a falhas na prestação de serviços de energia elétrica. Dependendo das propostas de adequação, poderá até retirar os direitos de concessão da empresa.
Segundo a agência, 2,6 milhões de consumidores foram afetados por interrupções no fornecimento em São Paulo, dos quais 2,1 milhões estão localizados na área de concessão da Enel.
A Enel afirmou que o temporal que atingiu a idade de São Paulo nesta sexta-feira (11) foi um “evento climático extremo” que causou o desligamento de 17 linhas de alta tensão. Até a manhã deste sábado, a luz havia voltado para apenas 500 mil.
“No caso da Enel-SP, a diretoria da Aneel, solicitou que a área de fiscalização intime imediatamente a empresa para apresentar justificativas e proposta de adequação imediata do serviço diante das ocorrências registradas ontem e hoje, de falha na prestação do serviço de distribuição”, disse em nota.
A agência disse ainda que, como parte do processo de intimação, a proposta será avaliada pela diretoria colegiada da Aneel e, caso a empresa não apresente solução satisfatória e imediata da prestação do serviço, a agência poderá retirar os direitos de concessão.
Disse ainda que a fiscalização já está presencialmente em São Paulo verificando as ocorrências e que medidas firmes serão adotadas pela agência nesse processo.
Segundo a Enel, as áreas mais atingidas foram zonas oeste e sul, além de municípios como Taboão da Serra, Cotia, São Bernardo, Santo André e Diadema. A concessionária afirmou que as rajadas de vento “entraram” pela zona oeste e, depois, passaram pela zona sul, onde houve o maior número de estragos.
A concessionária argumenta que, apesar do tamanho da destruição, está mais preparada do que na tragédia de 2023, quando clientes ficaram mais de uma semana sem luz.
A Enel afirma que mobilizou 1.600 técnicos e deve chegar a 2.500 até o fim do dia. A empresa diz que trouxe para São Paulo equipes do Ceará e do Rio de Janeiro, além de pedir ajuda de concessionarias vizinhas.
RAQUEL LOPES / Folhapress