Grupo tenta impedir execução de homem condenado pela morte da filha nos EUA

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um grupo de advogados, legisladores, médicos e um detetive tenta impedir a execução de um homem condenado pela morte da sua filha de 2 anos nos Estados Unidos.

Robert Roberson, 57, já teve a execução marcada. Na quinta-feira (17), ele deve receber uma injeção letal pelo assassinato da filha, Nikki Curtis, ocorrido em 2002, segundo reportagem da CBS News.

O grupo argumenta que a condenação foi baseada em evidências científicas falhas. Há muito tempo, o condenado também declara sua própria inocência, e seus defensores tentam provar que a menina morreu de complicações de uma pneumonia grave.

Justiça, no entanto, entende que ela morreu por síndrome do bebê sacudido. À época da morte, quando Roberson levou Nikki ao hospital, médicos a diagnosticaram com ferimentos e hematomas na cabeça, incluindo inchaço cerebral e sangramentos internos.

Promotores disseram que acusações contra o pai ainda se sustentam. Segundo eles, as novas evidências apresentadas não refutam as provas de que a criança morreu em decorrência de ferimentos causado pelo pai, conforme noticiado pela CBS.

CONTROVÉRSIAS SOBRE A ‘SÍNDROME DO BEBÊ SACUDIDO’

O diagnóstico se refere a uma lesão cerebral após uma criança ser sacudida ou sofrer impacto violento. Há cerca de 1.300 casos relatados a esse quadro nos EUA a cada ano, de acordo com o Centro Nacional sobre Síndrome do Bebê Sacudido.

Tribunais dos EUA já anularam condenações ou retiraram acusações baseadas na síndrome. Em uma decisão tomada na semana passada em um caso semelhante em Dallas, a Justiça ordenou um novo julgamento após descobrir que avanços científicos relacionados ao diagnóstico provavelmente resultariam em uma absolvição naquele caso.

Críticos alegam que os médicos não consideram deficiências e doenças naturais que podem ter gerado os sintomas. ”A hipótese da síndrome do bebê sacudido/traumatismo craniano abusivo que foi usada contra o Sr. Roberson não é ciência, pura e simplesmente”, falou Kate Judson, diretora-executiva do Centro de Integridade em Ciências Forenses, à CBS.

Redação / Folhapress

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