Defesa Civil emite alerta para chuva forte e ventania em São Paulo a partir de sexta (18)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Defesa Civil do Estado de São Paulo emitiu um alerta para fortes pancadas de chuva e rajadas de vento entre sexta-feira (18) e domingo (20). O cenário deve ser parecido com o que causou um apagão na região metropolitana na semana passada.

Devido à chegada de uma frente fria, há condições para temporais com raios em todas as regiões do estado, com destaque para Araçatuba, Bauru, Campinas, Franca, Barretos, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Sorocaba e Serra da Mantiqueira. Nesse locais, deve cair cerca de 200 mm.

Já na região metropolitana, a precipitação deve ficar em 95 mm. Um pouco menos que o esperado para a Baixada Santista e o Vale do Paraíba, onde a previsão é de 100 mm. No litoral norte, deve chover até 150 mm. Todos esses valores, porém, são superiores aos registrados na semana passada, o que gera preocupação nos órgãos públicos.

Em todo o estado, é esperado que rajadas de vento cheguem com a chuva. Elas podem atingir 60 km/h e até velocidades superiores em alguns locais. Há ainda risco de granizo.

“É importante que as pessoas se atentem aos alertas e tenham a percepção de risco em caso de chuva e ventos fortes. Evitem áreas abertas, encostas, tomem cuidado com quedas de árvores e busquem abrigo e um local seguro”, afirmou o secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Henguel Ricardo Pereira.

O temporal que provocou a morte de uma pessoa, deixou ao menos outras duas em estado grave e causou um blecaute na região metropolitana de São Paulo na noite de sexta-feira (11) teve rajadas de até 108 km/h na região de Interlagos, na zona sul paulistana, mais atingida pela ventania. Em todo o estado, foram ao menos sete mortos.

A falta de energia já chega ao quinto dia, com cerca de 74 mil imóveis ainda sem luz até a tarde desta quarta-feira (16), segundo balanço divulgado pela Enel por volta das 18h. Na noite de terça-feira (15), 158 mil unidades estavam nessa situação.

“As equipes atuam, desde os primeiros momentos da tempestade de sexta-feira, no restabelecimento de energia para os clientes que tiveram o serviço afetado e para aqueles que ingressaram com chamados de falta de luz ao longo dos últimos dias”, diz nota da concessionária. As equipes em campo receberam reforços do Rio de Janeiro e do Ceará, além de técnicos de outras distribuidoras.

Em entrevista coletiva realizada nesta quarta (16), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que reservou geradores, estendeu turno dos funcionários e que usará o sistema de câmeras da capital, o Smart Sampa, para rastrear os carros da concessionária Enel. As medidas fazem parte do plano de contingência para a sexta (18).

O prefeito anunciou que 300 funcionários da Defesa Civil irão continuar de plantão no fim de semana, bem como 2.000 funcionários da prefeitura, principalmente aqueles que participam da zeladoria da cidade. Além disso, a prefeitura reservou cem geradores para os semáforos da cidade.

O plano foi traçado mesmo sem a certeza de qual será o impacto da chuva. “Ainda não temos confirmação do Centro de Gerenciamento de Emergências de que terá a quantidade de ventos e chuvas como de sexta”, afirmou Nunes.

Sobre o motivo das precauções não terem sido planejadas antes de sexta passada, mesmo com previsões meteorológicas, Nunes disse que não tinha bola de cristal. “Eu não podia prever que a Enel iria demorar cinco dias para restabelecer um semáforo, né?”

Questionada por e-mail e por mensagem se possuía um plano de ação para esta sexta-feira, no caso de nova tempestade na capital, a Enel não respondeu até a publicação deste texto.

O prefeito afirmou que as podas das árvores, que contam com fila de quase 14 mil pedidos pendentes, não interferem nos apagões. “Não tem correlação com poda nessa situação. Tem árvore que é coqueiro, que caiu, que não tem poda.”

A gestão também divulgou balanço de quatro semáforos, 16 árvores que ainda precisam de remoção, nove escolas e quatro UBS (Unidades Básicas de Saúde) que dependem de geradores e 49 mil casas sem energia.

Redação / Folhapress

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