SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A explosão do número de multimilionários no mundo levou à criação de uma nova régua para o que de fato é considerado ser ultrarrico no mundo, segundo a revista Fortune.
Até pouco tempo, um patrimônio de ao menos US$ 30 milhões (R$ 170 milhões) já garantia o passaporte para essa categoria.
Mas a quantidade de pessoas com esse valor em ativos aumentou quase 28% entre 2016 e 2023, passando de 157 mil para 220 mil, afirma a revista, citando dados Capgemini, empresa que presta serviços de consultoria estratégica.
Com tantas novas fortunas surgindo, consultores ouvidos pela publicação passaram a criar um novo grupo, mais restrito, de milionários UHNWI (ultra-high-net-worth individual, ou “indivíduos de altíssimo patrimônio”, em inglês), também conhecidos como ultrarricos.
De acordo com comentaristas financeiros citados pela Fortune, ter agora no mínimo US$ 50 milhões (R$ 234 milhões) é o novo patamar para ser considerado verdadeiramente membro da elite de milionários. Mas há quem eleve ainda mais o sarrafo e considere como valor mínimo um patrimônio de US$ 100 milhões (R$ 568 milhões)
Abaixo desse patrimônio, o milionário perde o U da sigla UHNWI e passa a ser considerado “apenas” um HNWI (high-net-worth individual, ou super-rico). De acordo com a Fortune, os super-ricos priorizam conservar seu patrimônio, enquanto os ultrarricos têm como meta aumentá-lo.
A revista afirma ainda que muitos dos novos ultrarricos vêm do setor de tecnologia, acumulando riqueza através do empreendedorismo ou de cargos executivos nesse setor.
VITOR HUGO BATISTA / Folhapress