RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O Botafogo virou alvo de um processo judicial por causa de uma dívida com a empresa que cuida da carreira do zagueiro Kanu, nesta terça-feira (22) no Bahia.
A SAF Botafogo deveria ter começado a pagar valores referentes a 20% da transferência do defensor para o Bahia, mas a empresa representante do jogador alega que isso não foi feito.
A Brazil Soccer, do empresário Eduardo Uram, cobra R$ 810,3 mil do Botafogo, já considerando multa, juros e correção monetária.
Somando honorários dos advogados de R$ 81 mil, a ação pede que a SAF pague, ao todo, R$ 918,7 mil. Se não o fizer, o pedido é que a Justiça determine uma penhora.
Segundo documentos inseridos no processo, o Botafogo deveria ter repassado R$ 534,3 mil à Brazil Soccer em 4 setembro cinco dias úteis após o Bahia pagar a segunda parcela da compra dos direitos de Kanu.
COMO FOI O ACORDO INICIAL
A Brazil Soccer desde 2014 tinha direito a 20% dos direitos econômicos de Kanu quando o Botafogo vendesse o jogador.
No acordo firmado entre as partes já na era John Textor, o combinado foi que a empresa receberia R$ 1,060 milhão, em duas parcelas iguais de R$ 534,3 mil.
O repasse aos empresários ficou condicionado ao pagamento por parte do Bahia.
Quando o tricolor baiano pagasse a segunda parcela por Kanu, o Botafogo deveria pagar a primeira das duas aos empresários.
Os outros R$ 534,3 mil deveriam vir em setembro de 2025, cinco dias úteis após o Bahia quitar a terceira parcela junto ao Botafogo.
Mas, pelo que alega a Brazil Soccer, o Botafogo já não cumpriu o acordo na primeira das duas parcelas.
NOTIFICAÇÃO E PROCESSO
Passados 30 dias do prazo previsto e sem receber, a Brazil Soccer chegou a notificar extrajudicialmente o Botafogo sobre a dívida.
Mas o pagamento não aconteceu mesmo depois disso.
A empresa consultou o jurídico do Bahia e recebeu a resposta de que o pagamento da parcela mais recente ao Botafogo foi feito em 28 de agosto deste ano.
A Brazil Soccer, então, entrou com ação sexta-feira passada no Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
Procurado pela reportagem, o Botafogo não quis se manifestar.
IGOR SIQUEIRA / Folhapress