Praias do Rio tiveram ao menos 7 confrontos com estrangeiros desde 2023

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O Rio de Janeiro viveu mais um dia de confusões envolvendo torcedores estrangeiros nesta quarta-feira (23). Pessoas ligadas ao Peñarol saquearam um quiosque, atearam fogo em motos e entraram em confronto com banhistas e policiais militares. Esse foi pelo menos o sétimo episódio desde o ano passado nas praias da cidade em partidas entre brasileiros e clubes da América do Sul. Relembre outros:

FLAMENGO X PEÑAROL

Antes do jogo pelas quartas de final da Libertadores, torcedores do Peñarol novamente se envolveram em confusão. Policiais militares tiveram de intervir para evitar uma briga de maior proporção entre os uruguaios e flamenguistas na Praia da Macumba, zona oeste. Dois rubro-negros saltaram de uma moto e chamaram para briga. A PM tentou separar, mas ainda houve troca de socos e chutes. Um policial deu um tiro para o alto para afastar a tumulto.

Antes disso, uruguaios e policiais também entraram em confronto entre eles. A PM pediu que se mantivessem no perímetro acordado e usaram gás de pimenta para fazer os torcedores entrarem nos campings. Em meio à confusão, eles levaram uma caixa de som da marca JBL, que pertencia a um dos quiosques. A caixa foi devolvida depois. Alguns torcedores lançaram duas pedras em direção à equipe do UOL, e gritaram para que não fossem feitas imagens.

FLUMINENSE X BOCA JUNIORS

A prévia e o dia da final da Libertadores também tiveram confusões em pontos da cidade. Os argentinos se concentraram em Copacabana e um encontro entre as duas torcidas causou correria, agressões e até assaltos. O clima tenso ficou na cidade ao longo de todo o dia, com policiamento reforçado. Muitas pessoas afirmaram que o racismo foi o motivador do início das brigas. Já no Maracanã, torcedores do Boca Juniors sem ingresso tentaram invadir o estádio e também causaram tumulto.

BRASIL X ARGENTINA

Torcedores de Brasil e Argentina brigaram nas arquibancadas do Maracanã minutos antes de a bola rolar, mas também antes. Depois de um foco menor entre torcedores das duas seleções, a briga passou a ser entre policiais e argentinos. Assentos foram arrancados e arremessados nas arquibancadas. No dia anterior, também houve confronto em um quiosque de Copacabana.

FLUMINENSE X ARGENTINOS JUNIORS

No dia 8 de agosto de 2023, torcedores do Argentinos Juniors e do Fluminense entraram em confronto em Copacabana. Mesas, cadeiras e louças de um quiosque foram utilizados pelos brigões e o balcão de vidro do local quebrou.

Clientes que estavam em outras mesas se assustaram e saíram sem pagar. O prejuízo total foi calculado em cerca de R$ 9 mil. No dia seguinte, o funcionamento aconteceu com itens emprestados por outros comerciantes.

FLAMENGO X OLIMPIA

Em 24 de agosto de 2023, torcedores do Olímpia foram atacados por uma organizada do Flamengo também em Copacabana. Eles estavam no Rio para o jogo contra o Fluminense. Os paraguaios reagiram e itens do estabelecimento também viraram ‘armas’ para os vândalos. O prejuízo foi calculado em cerca de R$ 1,3 mil. Os estrangeiros pagaram os danos.

FLUMINENSE X RIVER PLATE

Em 2023, após a goleada do Fluminense sobre o River Plate no Maracanã, um grupo de tricolores chegou à praia de Copacabana e se encontrou com torcedores do time argentino. Houve registro de confusão e pancadaria na frente de uma pizzaria próxima da orla.

FLAMENGO X UNIVERSIDAD CATÓLICA

Em maio de 2022, torcedores das duas equipes entraram em confronto em Copacabana. A briga teria sido uma “resposta” pelo caso de racismo e vandalismo no jogo entre os times no Chile. Alguns torcedores do time visitante foram detidos.

FLAMENGO X PEÑAROL

Em 2019, torcedores do Peñarol atacaram uma excursão de rubro-negros oriundos do Espírito Santo antes do duelo com o Flamengo no Maracanã. Roberto Vieira, um senhor de 56 anos, foi brutalmente agredido com golpes de cadeira e garrafas na cabeça, ficou internado por dez meses e morreu. O caso aconteceu à luz do dia, também na beira da praia do Leme. Três uruguaios ficaram presos por alguns meses, mas após pagarem fiança a pena foi convertida em medidas cautelares. Atualmente, o processo foi arquivado.

LUIZA SÁ / Folhapress

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