A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) criticou as medidas tomadas pelo governador do estado de São Paulo, João Dória (PSDB), a respeito das medidas tomadas em relação a reabertura do comércio e o isolamento social no estado.
“A entidade lamenta a insensibilidade do poder público estadual ao não dar liberdade aos municípios para gerir o funcionamento da economia de acordo com sua realidade, sendo que o próprio Governo do Estado já enxerga essa possibilidade. Se fossem adotados os parâmetros propostos pelo governador para a estratégia de retomada regionalizada em sua apresentação do dia 22 de abril, Ribeirão Preto se enquadraria plenamente como Zona de Baixo Risco (verde), podendo portanto ter maior flexibilidade em relação ao decreto estadual atual que trata realidades muito diferentes como se fossem iguais”, disse a associação em nota.
Segundo a entidade, tal medida é um exemplo da falta de sintonia dos governantes com a necessidade real de harmonizar a preservação da vida com a manutenção de condições mínimas para a manutenção da economia, uma vez que muitas empresas correm contra o tempo para conseguirem se manter de portas abertas.
Gradual
Na última segunda-feira (27), o prefeito de Ribeirão Preto Duarte Nogueira (PSDB) fez um pronunciamento no Palácio Rio Branco, onde decretou novas medidas para a reabertura do comércio de forma gradual na cidade, começando a partir desta terça-feira (28) com a volta do Grupo 1 de Serviços Essenciais.
Para a entidade, entretanto, a medida é insuficiente e foi considerada tímida pela entidade. Mesmo comentário foi feito para o plano federal de retomada da economia.
Outro lado
Por meio de nota, o Governo de São Paulo informou que tem tomado todas as medidas respaldado nas informações técnicas do Centro de Contingência do coronavírus. “Nenhum passo é dado sem o amparo da medicina e da orientação científica, visando tão somente a preservação de vidas”.
Foi informado que o governo tem mantido diálogo entre os setores de comércio e serviços. “Cabe ressaltar que o Governo concedeu incentivos às empresas optantes do Simples Nacional, que terão prazo adicional de 90 dias para pagar o ICMS devido. Também já foram liberados mais de R$ 650 milhões em empréstimos subsidiados para auxiliar as empresas a atravessarem a crise”, diz a nota.
O comunicado ressalta ainda que, desde março, 74% de toda a estrutura econômica do estado se mantém ativa. E que o período de quarentena não atinge setores como indústria, agronegócio, construção civil, telecomunicações e energia, entre outros.
Texto: Antonio Melo