SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O jornal palestino Al-Quds divulgou nesta quinta-feira (24) três cartas supostamente escritas à mão pelo líder do Hamas morto pelo exército de Israel, Yahya Sinwar.
O Al-Quds não dá informações sobre qual circunstâncias as cartas foram encontradas. O jornal Times of Israel também publicou o conteúdo divulgado com exclusividade pela mídia palestina.
Em um dos documentos, Sinwar pede que o grupo extremista proteja os reféns israelenses. ”Cuidar das vidas dos prisioneiros do inimigo e protegê-los, já que são uma importante moeda de troca em nossas mãos”, escreveu.
O texto é intercalado com um versículo do Alcorão. ”E depois, ou os liberte como um favor ou deixe-os resgatar”, dizia a passagem religiosa. Com isso, ele conclui afirmando que ”o dever de libertar nossos prisioneiros só pode ser cumprido guardando os reféns do inimigo”.
Outro manuscrito continha estatísticas sobre 112 detidos israelenses e informações sobre eles: Cidade de Gaza (14), o centro da Faixa (25) e Rafah (51). Um quarto grupo de 22 reféns é listado sem localização.
Na documentação, Sinwar os dividiu de acordo com idade, gênero e se eram civis ou soldados. Além dos israelenses, o chefe do Hamas citou cinco árabes beduínos, dos quais quatro deles estariam sendo mantidos em Rafah e o outro em Gaza.
A última carta apresenta uma lista de nomes de 11 reféns libertadas no início da guerra. Todas as citadas são mulheres, de idades entre 36 e 84, e suas nacionalidades foram detalhadas também.
Redação / Folhapress