SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O candidato republicano à presidência, Donald Trump, chegou atrasado a um comício nesta sexta-feira (25), em Michigan, um estado crucial para a eleição americana, após gravar um podcast com Joe Rogan no qual sugeriu eliminar o Imposto de Renda.
Foram três horas de gravação em Austin para o “The Joe Rogan Experience”, podcast muito popular entre homens -grupo em geral mais resistente a apoiar a adversária do republicano, Kamala Harris. O apresentador e comentarista de UFC, dono de um histórico de falas consideradas preconceituosas, tem 14,5 milhões de seguidores no Spotify e 17,6 milhões no Youtube.
Uma das polêmicas mais famosas envolvendo o apresentador aconteceu em 2022, quando o músico Neil Young solicitou que suas músicas fossem retiradas do Spotify após o programa, patrocinado pela plataforma, ser acusado de espalhar desinformação sobre a Covid-19.
Durante a conversa desta sexta, Trump repetiu teorias, já amplamente desmentidas, sobre fraude nas eleições de 2020. “Como você acha que foi roubado?”, perguntou Rogan. Trump, então, sugere, sem apresentar provas, que as cédulas enviadas pelo correio não eram seguras e que os democratas usaram a pandemia para trapacear.
O republicano também sugeriu substituir o Imposto de Renda por taxas, fazendo elogios à política de tarifas usada pelo ex-presidente William McKinley. O ex-presidente defende políticas comerciais protecionistas e, nas últimas semanas, falou mais de uma vez que tarifa “é a palavra mais bonita do dicionário”.
Ele normalmente rejeita críticas de que tarifas poderiam aumentar a dívida federal, criar uma guerra comercial com outros países e prejudicar a economia dos EUA.
Trump falou também sobre a possibilidade de vida fora da Terra. “Não há razão para não pensar que Marte e todos esses planetas não tenham vida”, afirmou. Na campanha, ele tem prometido levar um astronauta ao planeta.
Por fim, ele criticou Kamala, que fazia um comício com a participação da artista pop Beyoncé naquele momento. “Temos uma guerra acontecendo e ela está festejando”, disse, em referência aos ataques de Israel ao Irã.
A ofensiva do Estado judeu é uma resposta ao bombardeio com cerca de 200 mísseis lançados por Teerã no dia 1 de outubro. Aquele foi o segundo ataque da história promovido pelos iranianos contra o arquirrival regional, seguindo uma outra leva de mísseis de drones disparada em abril.
Redação / Folhapress