Helinho Zanatta é eleito prefeito de Piracicaba, projeta Datafolha

RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – O deputado estadual Helinho Zanatta (PSD), 61, foi eleito neste domingo (27) para governar Piracicaba (a 160 km de São Paulo), terceiro município que será comandado por ele em sua carreira política.

Helinho foi eleito com 53,6% dos votos válidos —com 97,6% das urnas apuradas, segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral)— superando o ex-ministro da Saúde e ex-prefeito Barjas Negri (PSDB), que recebeu 46,4% dos votos e tentava ser prefeito pela quarta vez.

No primeiro turno, Barjas, que governou Piracicaba de 2005 a 2012 e de 2017 a 2020, tinha recebido 35,78% dos votos válidos, ante os 26,59% do prefeito eleito.

Zanatta contou com mais partidos ao seu lado (PRD, Mobiliza, Novo, Agir, PSB, União Brasil, Solidariedade e PSD) e buscava uma situação curiosa: ser prefeito de três municípios em sua carreira.

Empresário do agronegócio, ele foi prefeito de Charqueada (distante 31 km de Piracicaba), entre 2001 e 2008, e de São Pedro (distante 39 km), de 2013 a 2020.

Em 2022, foi eleito deputado estadual. O vice-prefeito eleito é Doutor Sergio Pacheco (União Brasil), 47.

Já Barjas, entre 1997 e 2001, nos governos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), foi secretário-executivo do Ministério da Saúde e, em 2002, foi ministro da Saúde. Nos dois anos seguintes, foi secretário da Habitação de São Paulo e presidente da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano). Além de prefeito três vezes, foi vereador entre 1989 e 1992.

Depois de deixar o cargo em 31 de dezembro de 2012, Barjas disputou novamente a prefeitura nas três eleições seguintes —2016, 2020 e neste ano.

Em 2016, foi eleito no primeiro turno, com 70,31% dos votos, e tentou a reeleição quatro anos depois, mas foi derrotado por Luciano Almeida (na época no DEM, hoje no PP) no segundo turno, com uma coligação formada por dez partidos. Desta vez, contou com quatro partidos ao seu lado (PSDB, Cidadania, PDT e MDB).

Helinho substituirá Almeida, que tentou a reeleição, mas não conseguiu chegar ao segundo turno, ao obter apenas 2,46% dos votos válidos —ficou na sexta colocação entre os oito candidatos.

“Vendo o resultado das eleições 2024 vejo que falhei em não conseguir conquistar o coração das pessoas. Que não fui hábil e humilde para entender que fazer o certo e da forma certa não é o suficiente para ganhar uma eleição”, disse o atual prefeito numa rede social em 7 de outubro, dia seguinte à derrota no primeiro turno.

Também disputaram a eleição em Piracicaba no primeiro turno Alex Madureira (PL), que teve 23,67% dos votos válidos, Professora Bebel (PT), 6,36%, Paulo Campos (Podemos), 4,43%, Edvaldo Brito (Avante), 0,43%, e Vinicius Bena (PCB), 0,29%.

RESTA UMA

Com a derrota em Piracicaba, o PSDB, que viu seu cacife eleitoral ser esfacelado nas eleições municipais deste ano, governará apenas uma das 15 cidades mais populosas de São Paulo.

O maior município a ser administrado pelo partido no estado entre 2025 e 2028 é Santo André —o quinto mais populoso, com 748 mil habitantes—, onde o administrador Gilvan Ferreira de Souza Junior, 32, foi eleito no primeiro turno com 60,98% dos votos válidos.

Piracicaba tem 423 mil moradores, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e é a 13ª cidade em número de pessoas no estado.

Os tucanos, aliás, saíram das urnas no primeiro turno sem eleger nenhum prefeito de capital e nem conseguiram colocar um nome do partido no segundo turno.

MARCELO TOLEDO / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS