BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O deputado estadual Bruno Engler (PL), derrotado em segundo turno na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte, diz que sua derrota não representa terra arrasada. Ele ainda justificou o resultado por ter enfrentado a máquina da prefeitura, sob gestão de Fuad Noman (PSD), reeleito.
“Enfrentamos um sistema político podre, corrupto, canalha e infelizmente batemos na trave. Primeiramente é lamentar pelo futuro de Belo Horizonte, a cidade que vivo e amo. Vamos torcer para que o prefeito reeleito possa fazer um mandato melhor do que foi no primeiro”, disse Engler.
O candidato, que havia saído vencedor no primeiro turno com uma vantagem de cerca de 100 mil votos sobre o rival, agora alcançou 46,27% dos votos válidos, perdendo a eleição por uma diferença de 93 mil votos.
Ele lembrou, porém, que o PL, seu partido, elegeu a maior bancada da Câmara Municipal com seis vereadores que irão fiscalizar a próxima gestão. Engler ainda elogiou seu padrinho político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Ele [Bolsonaro] se consolida como o maior cabo eleitoral do Brasil. Quando a gente olha, por exemplo, o PT, que sumiu do mapa nas eleições municipais, já o PL cresceu bastante, a direita cresceu muito e isso se deve à liderança do presidente Bolsonaro”, disse o deputado estadual.
Fuad também comentou os ataques direcionados por Engler e aliados ao seu livro “Cobiça”, lançado em 2020. Os adversários do prefeito expuseram trechos do livro na reta final da campanha e afirmaram que ele era “pronográfico” e que relatava o estupro de uma criança de 12 anos.
“Procuraram a minha vida inteira e não acharam nada. Acho que não leram o livro, porque se tivessem lido não falariam a bobagem que falaram. É uma ficção, um romance.”, disse o prefeito.
ARTUR BÚRIGO / Folhapress