RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou nesta terça-feira (29), que haverá um novo decreto para uma operação de GLO (Garantia de Lei e da Ordem) na capital fluminense, durante a cúpula do G20, em novembro.
O bloco, que reúne chefes de Estado das nações mais ricas do mundo, será realizado nos dias 18 e 19, no MAM (Museu de Arte Moderna), na zona sul da cidade.
“Essa GLO vai ser certamente decretada”, disse Santos, que lembrou que a forças federais atuaram em outros eventos de grande porte no Rio, como a Rio-92, a Rio+20 e as Olimpíadas de 2016.
Ainda segundo o secretário de segurança do Rio de Janeiro, a medida não será limitada à região do MAM, mas vai abranger toda a capital fluminense.
As declarações foram dadas em entrevista coletiva na tarde desta terça no CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) no centro do Rio, após uma reunião da cúpula de segurança do estado com o secretário Nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo.
O representante do ministério da Justiça afirmou que a decisão final cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas disse acreditar que o G20 ocorrerá com “toda segurança”.
“A decisão de GLO é uma decisão do presidente da República e não cabe a mim fazer qualquer observação. Nós acreditamos e temos a mais absoluta convicção que o G20 ocorrerá com toda segurança, aliás, como é praxe aqui no Rio de Janeiro e no Brasil”, disse Sarrubbo.
A reunião desta terça ocorreu após os recentes episódios de violência na cidade do Rio, como o tiroteio entre policiais e traficantes que terminou com três inocentes mortos na avenida Brasil.
Na ocasião, o governador Cláudio Castro pediu ajuda da União para uma maior atuação contra o crime organizado no estado. Ainda nesta semana Lula se reunirá com governadores para tratar sobre o tema.
Na entrevista coletiva, o secretário de segurança fluminense descartou, no entanto, que a decretação da GLO para o G20 tenha relação com a crise de violência no Rio. “Já estava sendo combinado antes, durante as reuniões”, afirmou.
ALÉXIA SOUSA / Folhapress