Novo mercado municipal de Ilhabela quer suprir demanda por alimentos frescos

MACEIÓ, AL (FOLHAPRESS) – Frutas, hortaliças, massas e arranjos florais, entre outras coisas, estão à venda no novo mercado municipal de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo. O espaço, aberto de terça a domingo, foi inaugurado no primeiro semestre e tem como objetivo fortalecer o comércio local a partir de produtos livres de agrotóxicos e de aditivos industriais.

Nesse primeiro momento não estão sendo comercializados produtos de origem animal, como mel, queijos, leite e seus derivados e carnes. A ideia é que esses itens sejam incluídos no futuro, conforme a expansão do espaço acontecer, já que há um serviço de inspeção municipal atuante, diz a secretária adjunta de Comunidades Tradicionais, Pesca e Agricultura, Mayra Hirakawa.

“Nós queremos que as pessoas tenham acesso a alimentos seguros, saudáveis e mais frescos. Recebemos muitos produtos que não são totalmente frescos, por causa do transporte de balsa”, disse ela à Folha.

Monica Gomes, do Ateliê das Flores Monica Gomes, conta que vende flores naturais e tem uma plantação de folhagens tropicais, que também comercializa.

“Estar aqui no mercado hoje é plantar uma semente para colher no futuro. Estou tendo uma experiência de vender folhas desidratadas. Antes, as folhas eram descartadas no lixo após eventos, mas estamos desidratando e fazendo minibuquês”, afirma.

A empreendedora Manoela Millei, da Mundo Verde Sabores Saudáveis, vê o mercado como uma forma de recomeçar. Ela conta que, no período de isolamento durante a pandemia, chegou perto da falência. Seus produtos são de massas frescas, produzidas por ela, sem corantes, conservantes ou saborizantes.

“É muito difícil voltar ao que era antes. Ainda não tive vendas significativas, mas foram feitos muitos contatos importantes. É uma coisa que me coloca de volta em contato com o morador e o consumidor. Tenho muitas esperanças.”

Cofundador e diretor operacional da Associação Mercado Verde, Mateus Borges está há 40 anos em Ilhabela e há 30 produz alimentos. Ele conta que entrou no ramo inicialmente pensando em sua qualidade de vida, uma vez que tinha dificuldade de encontrar esses produtos nos mercados.

Agora ele torce para que em breve seja possível a venda de produtos de origem animal no local.

“A gente fazia feiras nas praças, mas o tempo ruim, ventania e chuva dificultaram muito. Surgiu essa oportunidade de estar dentro do mercado, de expor nossos produtos. Não tínhamos apoio do poder público antes”, diz.

Para utilizar o espaço, os comerciantes participaram de um chamamento no qual concorreram a uma das 16 vagas disponíveis —cada um tem direito a quatro metros quadrados. É necessário ser MEI (Microempreendedor Individual) ou parte de uma associação que tenha, em seu estatuto, atuação na área de agricultura (familiar ou urbana) e fomento a artesanato.

Também é necessário o pagamento de uma taxa de R$ 150 mensais.

O mercado recebeu o nome de Benedito Sampaio de Oliveira, caiçara conhecido como Seu Lico. Ele era marinheiro e, após a aposentadoria, dedicou-se à agricultura familiar e à pecuária.

A ideia do estabelecimento veio do prefeito reeleito Toninho Colucci (PL), após viagens para o exterior, especialmente Portugal.

A unidade funciona de terça a sábado, das 8h às 17h, e aos domingos, das 8h às 14h.

JOSUÉ SEIXAS / Folhapress

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