Suspeito de violência doméstica é morto na delegacia da mulher após resistir à prisão

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um homem suspeito de agredir a mulher morreu na manhã desta quinta-feira (31) após reagir à prisão dentro de uma delegacia da mulher, segundo a polícia.

Policiais detiveram o suspeito durante a apuração de uma ocorrência de violência doméstica. Ele e a vítima da agressão foram encaminhados para a 1ª DDM (Delegacia da Mulher), no centro de São Paulo.

No local também funciona uma unidade de Casa da Mulher Brasileira –local destinado ao atendimento de mulheres vítimas de violência.

De acordo com o boletim de ocorrência, já dentro da delegacia, o homem reagiu de forma violenta no momento em que policiais foram colocar as algemas. Ele entrou em confronto com os PMs e, na briga, teria tentado pegar a arma de um policial, que reagiu e disparou cinco vezes.

A morte foi constatada na delegacia, e os policiais agredidos foram socorridos no pronto-socorro da Santa Casa. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirma que a ocorrência está em andamento no DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa).

Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

De acordo com dados do Fórum de Segurança Pública, a violência doméstica cresceu 9,8% entre 2022 e 2023. O estado de São Paulo registrou um aumento ainda maior que a média nacional, de 17,7%, sendo que a maioria dos casos acontecem dentro de casa e autores são, em geral, companheiros ou ex-companheiros.

Em 2024, os dados de Secretaria de Segurança Pública seguem em alta. Entre janeiro e agosto de 2023, foram registrados 37.480 de casos de lesão corporal dolosa contra mulheres. No mesmo período de 2024, o crime teve aumento de 5,6% e até agora foram registrados 39.614 casos.

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 é um serviço de utilidade pública para o enfrentamento à violência contra as mulheres. A ligação é gratuita e o serviço funciona 24 horas por dia.

O 180 funciona para orientação sobre leis, direitos e serviços da rede de atendimento às mulheres; informações sobre localização de serviços; registro e encaminhamento de denúncias; e reclamações e elogios a atendimentos prestados.

ISABELLA MENON / Folhapress

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